Author(s):
Santos, Benilde Andreia Ferreira dos
Date: 2010
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/2924
Origin: Repositório da UTL
Subject(s): Diplomacia; Diplomacia Económica; Globalização; internacionalização; Comércio; Investimento; Angola; Venezuela; Líbia; Diplomacy; Economic Diplomacy; Globalization; Internationalization; Trade; Investment; Angola; Venezuela; Libya
Description
Mestrado em Economia Internacional e Estudos Europeus O modelo da diplomacia económica potencia um ciclo virtuoso em que a diplomacia e a economia se alavancam mutuamente em prol de mais e melhores exportações nacionais, da internacionalização das empresas portuguesas, da promoção de Portugal e da sua imagem, e da contribuição para a captação de investimento directo estrangeiro de qualidade. A diplomacia económica é essencial ao desenvolvimento económico dos países e, por isso, tem de ser decididamente activa e pró-activa, interventiva e precursora. A sua acção tem de se pautar pela investigação científica e tecnológica, de entidades públicas envolvidas na expansão da internacionalização das empresas, na captação de investimento, na celebração de parcerias e na promoção do turismo. A diplomacia económica tem um carácter eminentemente instrumental de grande alcance, não apenas na internacionalização da economia, mas acima de tudo, na construção de um perfil económico e político do país. As empresas, ao internacionalizar-se, desenvolvem uma crescente actividade económica conduzindo as suas acções em múltiplos países, sendo obrigadas a discutir com os governos locais e entidades regionais novas condições, novos investimentos, obrigações sociais, ambientais e mesmo éticas, para além da criação de organizações empresariais internacionais com a missão de desenvolver o lobby empresarial através de funções diplomáticas. No comércio internacional o grau de conhecimento prévio dos mercados constitui um critério relevante para determinar o grau de articulação necessária entre diplomacia, diplomacia económica e empresas. A existência de um conhecimento prévio relativo a alguns países recomenda uma presença diplomática em todos estes países parceiros comerciais e justificar-se-ia aí uma boa articulação entre diplomacia e empresas. Mas, porque os recursos são limitados, têm que ser estabelecidas prioridades que tenham em consideração a relevância das trocas comerciais actuais quer o potencial de expansão num futuro próximo, quer ainda a eficácia da sua acção. Neste sentido, e por consequência, é importante que se assegure uma melhor articulação entre empresas e o aparelho diplomático nos mercados. Diversificar os destinos das exportações foi um objectivo claro destes últimos anos, da política externa portuguesa, e no centro desta aposta encontram-se os três países em estudo: Angola, Venezuela e Líbia. Estes países têm como característica de terem sido pouco explorados pelas empresas portuguesas, mas com oportunidades promissoras. A realidade é que as exportações portuguesas para esses países extracomunitários têm vindo a aumentar ao longo dos últimos anos, o que poderá revelar um sucesso relativo da diplomacia económica portuguesa. The model of economic diplomacy enhances a virtuous cycle in which diplomacy and economy engage each other to promote more and better national export, to internationalization of Portuguese enterprise, the promotion of Portugal and its image, and contributing to the attraction of foreign direct investment of quality. The economic diplomacy is essential to the economic development of countries and therefore has to be decidedly pro-active and active, interventive and pioneer. Its action has to be guided by scientific research and technology, by public entities involved in the internationalization of expanding enterprises, attracting investment, in the creation of partnerships and the promotion of tourism. The economic diplomacy has an eminently instrumental character in reaching not only the internationalization of the economy, but above all in building an economic and political profile of the country. During internationalization, enterprises develop a growing business by conducting their actions in several countries and at this point, they are impelled to discuss with local governments and regional entities new terms, new investment and social responsibilities, environmental, and ethical response as well as the creation of international business organizations with the goal to develop business lobbies behind diplomatic functions. In international trading the degree of prior knowledge of markets is a relevant criterion to determine the appropriate articulation between diplomacy, economic diplomacy and enterprises. The existence of a prior knowledge on some countries recommends a diplomatic presence in all these countries and trading partners, this would justify a good link between diplomacy and business. But because there are limited resources it has to be established priorities that take into account the relevance of existing trade and potential expansion in the near future, or at the effectiveness of its action. In this case, and consequently, it is important to ensure better connections between business and the diplomacy in the markets. To diversify export destinations was a clear goal in recent years of Portuguese foreign policy, and at the center of this commitment are the three countries under study: Angola, Venezuela and Libya. These countries are characterized by being poorly explored, but with promising opportunities. Actually, Portuguese exports to those countries outside the EU have grown over the last years, which could prove a relative success on the Portuguese economic diplomacy.