Autor(es):
Alvim, Luísa; Casa de Camilo-Museu. Centro de Estudos
Data: 2012
Origem: Actas do Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas
Assunto(s): Biblioteca prisional; Camilo Castelo Branco
Descrição
No 150.º aniversário da edição da obra “Memórias do Cárcere” de Camilo Castelo Branco, a Casa de Camilo-Município de Vila Nova de Famalicão com a Fundação Cidade de Guimarães realizaram em 2012 um Ateliê de Leitura e de Escrita no Estabelecimento Prisional Regional de Guimarães.O livro Memórias do Cárcere é um empolgante historial dos antecedentes da entrega de Camilo Castelo Branco à prisão e o emocionante testemunho da sua experiência nas celas da Cadeia da Relação do Porto, entre 1 de outubro de 1860 a 16 de outubro de 1861.Objetivospromover o conhecimento da vida e da obra do romancista Camilo Castelo Branco.estimular a capacidade analítica e reflexiva dos participantes.desenvolver a sua sensibilidade e a sua expressão criativa e crítica. Fasesleitura das Memórias do Cárcere aos reclusos por diferentes personalidades da vida e da cultura portuguesas formação dos reclusos em escrita criativa (com o mediador da leitura Miguel Horta)redação dos testemunhos e percursos de vida pelos reclusos (com o mediador da leitura)visitas de estudo dos reclusos à Casa de Camilo e à Cadeia da Relação do PortoEdição de um livro reunindo os textos redigidos pelos reclusos Memórias do Cárcere revistadasconstituição de uma biblioteca no Estabelecimento Prisional de Guimarães, ao serviço da população prisional. No dia 1 outubro de 1860, quando os guardas fecharam os ferrolhos e rodaram a chave da porta da cela de Camilo, ele pôs-se a folhear alguns dos volumes que levara consigo: como o livro “Essai sur l´art d´être heureux” de Joseph Droz, que começou a traduzir e a publicar no jornal “O Nacional”. A partir daqui o escritor estaria a salvo. Os livros seriam a sua fortaleza e a sua liberdade.Projeto Biblioteca Prisional Camilo Castelo Branco no Estabelecimento Prisional Regional de Guimarães Fundo constituído por livros e escritores citados nas Memórias do Cárcere: Homero, Dante, Santo Agostinho, Petrarca, Molière, Musset, Balzac, Byron, Rousseau, Garrett, Herculano…Objetivos incrementar a cultura que visa o desenvolvimento da pessoa do detido ao nível físico, psíquico, social, espiritual e mental; conciliar a leitura com a vida e com o processo de transformação e comunicação das ficções narrativas na realidade humana; Valorizar o poder curativo dos livros, os livros que levam ao autoconhecimento, os que transformam o tempo, os que permitem sonhar, os que levam à fuga da realidade, os que libertam, e os que tornam felizes os homens; Contribuir para a reinserção na vida depois da reclusão; Contribuir para que as vidas dos reclusos sejam abertas à cultura augurando uma sociedade mais justa.