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O que acontece à medicação crónica após internamento hospitalar?

Autor(es): Pires, Miguel Carlos Moreira da Silva cv logo 1

Data: 2011

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.6/996

Origem: Ubi Thesis - Conhecimento Online

Assunto(s): Medicação crónica - Internamento hospitalar; Cuidados de saúde primários - Cuidados de saúde secundários - Medicação


Descrição
Introdução: Durante o internamento hospitalar a medicação crónica do doente pode ser interrompida e/ou substituída. A reconciliação da medicação na interface cuidados de saúde primários/cuidados de saúde secundários é fundamental para garantir a utilização efectiva e segura dos medicamentos, assim como a correcta utilização e adesão à terapêutica por parte do doente. Objectivo: Quantificar e caracterizar as alterações à medicação crónica durante o internamento hospitalar. Métodos: Realizou-se um estudo observacional do tipo descritivo nos Serviços de Cardiologia, Pneumologia e Gastrenterologia do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB). Durante o período de Outubro a Dezembro de 2010, os processos clínicos de até 50 doentes de cada serviço, seleccionados aleatoriamente entre os doentes internados por mais de 2 dias, com registo de medicação regular nos 3 meses anteriores foram revistos Resultados: Verificou-se que antes do internamento hospitalar, 88,2% dos doentes fazia medicação no domicílio, sendo o grupo terapêutico mais usado o do Aparelho Cardiovascular com 66,7%. Constatou-se que todos os doentes, durante o internamento, sofreram pelo menos uma alteração (adição, suspensão ou substituição) em relação à medicação no domicílio, sendo que os fármacos mais usados (85,3%) pertenciam ao Aparelho Digestivo. As alterações à medicação sofridas durante o internamento deveram-se sobretudo à adição de novos fármacos (100% dos doentes), à sua suspensão (58,8% dos doentes) e à sua substituição (8,8%). Aquando da alta hospitalar em 85,3% dos pacientes foi mantida medicação, sendo que em 11,8% se manteve um, três, sete ou nove fármacos. Observou-se que nenhum fármaco foi substituído e que em 82,4% nenhum fármaco foi suspenso. Verificou-se que em 20,6% não houve adição de fármacos e que nos restantes foi adicionado 1 fármaco em 41,2% dos doentes. Conclusões: Todos os doentes, durante o internamento, sofreram pelo menos uma alteração da medicação crónica, sobretudo devido a adição de fármacos. É necessário melhorar a informação terapêutica dos registos clínicos hospitalares e a troca de informação entre cuidados de saúde primários/cuidados de saúde secundários após as alterações à terapêutica crónica durante o internamento.
Tipo de Documento Dissertação de Mestrado
Idioma Português
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