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Estudo da adesão de mães de crianças até aos 2 anos de idade às medidas de prev...

Autor(es): Goulão, Maria Carolina Barata cv logo 1

Data: 2013

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.6/1639

Origem: Ubi Thesis - Conhecimento Online

Assunto(s): Farmácia comunitária - Estágio pedagógico; Farmácia hospitalar - Estágio pedagógico; Citomegalovírus - Prevenção; Saúde pública - Prevenção - Medidas de higiene


Descrição
A presente dissertação é composta por três capítulos descritivos da minha experiência profissionalizante em farmácia hospitalar e comunitária e do meu estudo de investigação. O primeiro capítulo relata o meu estágio em farmácia hospitalar que foi realizado no Hospital Sousa Martins, na Guarda. Com este capítulo pretendo descrever os conhecimentos que adquiri e as atividades em que colaborei durante o estágio, que me permitiram perceber quais as valências e funções desempenhadas pelos farmacêuticos no dia-a-dia de trabalho em hospital O segundo capítulo descreve o meu estágio em farmácia comunitária, realizado na Farmácia Taborda, no Fundão. Durante este período de estágio tive a oportunidade de conhecer melhor o papel do farmacêutico junto da comunidade e aperceber-me das funções e responsabilidades dos farmacêuticos na promoção da Saúde Pública e da racionalização do uso de medicamentos. O terceiro capítulo diz respeito à investigação realizada no âmbito do estudo da adesão de mães de crianças até dois anos de idade às medidas de prevenção da infeção congénita por Citomegalovírus (CMV). O Citomegalovírus é o principal agente de infeção congénita nos países desenvolvidos afetando atualmente cerca de 0,2%-2,2% de todos os recém-nascidos. Devido ao espectro das consequências associadas à infeção congénita por CMV, este tem-se tornado, atualmente, uma das maiores preocupações de Saúde Pública. Com estudos de várias opções de prevenção e tratamento da infeção congénita por CMV ainda a decorrer, a adoção de medidas de higiene parece ser, por enquanto, a única forma de prevenção da infeção citomegálica durante a gravidez. Com o objetivo de determinar a adesão das mulheres em idade fértil a essas medidas de higiene foi realizado um inquérito a 570 mães de crianças até 2 anos de idade questionando acerca da sua recetividade para a adoção das medidas propostas, sabendo que tais medidas poderiam prevenir possíveis malformações num futuro recém-nascido. Das medidas propostas a maioria das mulheres (61,5%) considerou que dificilmente deixaria de mudar as fraldas ao seu filho, mas certamente lavaria as mãos depois de mudar as fraldas (91,9%). 81,8% das mulheres inquiridas afirmaram que dificilmente deixariam de brincar com os seus filhos, mas 44,5% afirmou que certamente lavaria as mãos depois de manusear os brinquedos e 73,8% das inquiridas afirmou que deixaria de trocar colheres e escovas de dentes com a criança. Das medidas propostas a que se mostrou um perfil de respostas mais díspar foi a de deixar de dar beijos na boca e nariz dos seus filhos, com 38,7% das inquiridas a dizer que certamente o faria e 25,0% a afirmar que dificilmente praticaria esta medida de prevenção. Também no estudo da adesão às medidas de prevenção em mulheres cuja profissão exige contato direto com bebés e crianças em idade pré-escolar a adoção das medidas de higiene no local de trabalho foi bem aceite, com a maioria das mulheres a afirmar que certamente praticaria todas elas, com um perfil de adesão bastante semelhante às praticadas com os seus próprios filhos. Da análise dos resultados podemos concluir que se for explicado às futuras mães os riscos que correm a maioria delas está disposta a evitar o contacto com as secreções dos seus filhos, sendo a educação para a adoção destes comportamentos uma medida fácil de implementar e com resultados já comprovados em estudos internacionais, não só para prevenir a infeção congénita pelo CMV mas também para prevenir outras infeções transmissíveis pelo contacto com secreções.
Tipo de Documento Dissertação de Mestrado
Idioma Português
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