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Acidente vascular cerebral isquémico : complicações infecciosas segundo o volum...

Autor(es): Soares, Marta Isabel da Fonseca Gravito cv logo 1

Data: 2011

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.6/1044

Origem: Ubi Thesis - Conhecimento Online

Assunto(s): Acidente vascular cerebral; Acidente vascular cerebral isquémico; Acidente vascular cerebral - Infecção; Acidente vascular cerebral - Pneumonia


Descrição
Introdução. Em Portugal, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a primeira causa de mortalidade e a segunda de morbilidade. As complicações infecciosas são comuns e afectam negativamente o prognóstico dos doentes. Já foram identificados vários factores de risco associados àquelas, mas a relação com o volume e a localização de enfarte ainda são alvo de controvérsia. Assim, este estudo pretende avaliar estes últimos como predictores independentes do risco de desenvolver infecção. Material e Métodos. Estudo analítico caso-controlo retrospectivo de 358 doentes internados numa unidade especializada, por AVC isquémico. Determinaram-se os factores de risco associados ao desenvolvimento de infecção pós-AVC, particularmente Pneumonia, Infecção do Tracto Urinário (ITU) e Sépsis. O volume de enfarte foi determinado a partir das áreas de cada corte da Tomografia axial computorizada das 24-48h após a admissão e, a localização segundo o OxfordShire Community Stroke Project. A análise estatística baseou-se na determinação dos Odds Ratio (OR) pelas análises univariável e multivariável e, da Curva ROC; para um valor de p de 0,05. Resultados. Noventa e seis doentes desenvolveram infecções (26,8%), das quais aproximadamente metade foram do tracto urinário. Os volumes de enfarte grande e pequeno foram positiva e negativamente associados a quaisquer infecções, respectivamente. Os enfartes da circulação anterior parcial e/ou posterior foram associados à infecção e ITU, os da circulação anterior total à infecção e pneumonia e, os enfartes não lacunares a qualquer tipo de infecção. Após a análise multivariável, apenas os enfartes não pequenos foram associados à infecção (OR 4,5; valor de p <0,001) e os não lacunares à ITU (OR 12,5; valor de p <0,001). Não foi possível demonstrar uma associação entre a Sépsis e os factores volume ou localização de enfarte. Conclusão. Ambos os factores, volume e localização de enfarte, foram estatisticamente associados ao desenvolvimento de infecção, sendo o primeiro, o principal predictor de infecção e o segundo, o principal predictor de ITU.
Tipo de Documento Dissertação de Mestrado
Idioma Português
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