Autor(es):
Sousa, Maria do Céu Abreu
Data: 2007
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.1/675
Origem: Sapientia - Universidade do Algarve
Assunto(s): Teses; Educação infantil; Currículo; Desenvolvimento; Participação; Jardim de infância; Família
Descrição
Dissertação mest., Ciências da Educação, Universidade do Algarve, 2007 Este trabalho tem como objectivo compreender as concepções das crianças, das
famílias e educadores, sobre o trabalho realizado no jardim de infância e o nível de
participação dos principais intervenientes no processo de construção e desenvolvimento do
currículo. Que oportunidades e/ou impedimentos, condicionam as suas participações
enquanto actores intervenientes interessados no processo educativo.
O estudo empírico realizou-se em três jardins de infância integrados num
Agrupamento de Escolas da rede pública do Ministério da Educação. O trabalho teve por
base o recurso a entrevistas às educadoras responsáveis pelos grupos, assim como a dezoito
crianças integradas nas salas, onde as educadoras trabalham. Às famílias foi aplicado um
questionário. Posteriormente foi elaborada a análise de todos os dados com o objectivo de se
evidenciarem os elementos mais significativos e proceder-se à triangulação dos mesmos.
A reflexão final permitiu compreender que neste contexto de estudo a participação
destes diferentes actores no processo educativo, é muito pouco equitativa. A participação
das crianças é reduzida, ou praticamente nula em alguns casos. No que se refere às famílias,
observa-se que as suas participações reais, como principais responsáveis e interessados neste
processo, também são minimizadas. O educador, no seu papel de gestor do currículo, não
estabelece uma efectiva relação de partilha de poderes e tarefas, mas fundamentalmente, de
partilha de informações decorrentes do processo. Contrariamente àquilo que é defendido a
nível do discurso, que abona uma representação forte da intervenção dos diferentes
parceiros, na prática parece notar-se um deficit neste domínio, nem sempre de forma
consciente. A maioria da gestão do currículo está nas mãos do educador, tendo as famílias e
as crianças, uma participação passiva.