Author(s):
Assunção, Ana Filipa Benedito
Date: 2008
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.1/570
Origin: Sapientia - Universidade do Algarve
Subject(s): Teses; Engenharia biológica; Água; Tratamento da água; Algarve
Description
Dissertação de mest., Engenharia Biológica, Faculdade de Engenharia de Recursos Naturais, Universidade do Algarve, 2008 Nos dias que decorrem o conceito “água potável” tem-se revelado da maior importância
para a humanidade, pelo que a exigência da sua qualidade e distribuição, por todo o
planeta, tem sido cada vez maior.
No processo de tratamento da água para consumo humano uma etapa importante (oxida
matéria orgânica, metais, algas e bactérias) e crítica (forma sub-produtos indesejáveis) é
a pré-oxidação. No caso de se utilizar como agente oxidante o ozono e da água a tratar
conter o ião brometo de origem natural, forma-se, o bromato, que tem sido considerado
potencialmente cancerígeno para o ser humano, pelo que, o valor paramétrico (VP)
actualmente imposto por lei, de 25μg/L, será alterado a partir de 25 de Dezembro de
2008, para o VP de 10μg/L, de forma a garantir maior segurança da saúde pública.
Este trabalho, realizado na Águas do Algarve, S.A., nomeadamente na Estação de
Tratamento de Água (ETA) de Alcantarilha, que tem como água bruta a tratar a mistura
de duas origens de água, superficial e subterrânea e, teve o objectivo de ensaiar
laboratorialmente diferentes condições operacionais com diferentes tipos de carvão
activado em pó (CAP) e identificar, se possível, aquele que obtém melhores resultados
na remoção de bromato, para posterior aplicação à escala real, nos processos de
tratamento de água para consumo humano.
Os ensaios realizaram-se em “jar-test”, simulando as condições existentes na ETA, para
o caudal máximo e mínimo numa linha de tratamento, testando-se 3 tipos de CAP e um
branco (sem CAP), para 3 concentrações de bromato.
Os resultados revelaram que era possível com qualquer um dos 3 carvões estudados
remover o ião bromato, mas apenas para concentrações iguais ou superiores a 60μg/L,
concluindo-se que o uso destes carvões não seria a melhor opção para remover/reduzir
quantidades relativamente baixas (≤15μg/L), como acontece no caso estudado. Perante
tais resultados sugere-se que sejam testadas duas possibilidades para remover/reduzir o
ião bromato da água tratada na ETA de Alcantarilha, nomeadamente a separação das
origens de água, seguindo processos de tratamento distintos ou a realização de ensaios
com carvão activado granular (CAG) ou com filtros de biológicos de carvão activado
(BAC) para averiguar a possibilidade da sua aplicação na ETA de Alcantarilha
Document Type
Master Thesis
Language
Portuguese
Advisor(s)
Lucas, Helena; Sancho, Rui; Barros, Raúl José Jorge de