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Estilos parentais e problemas psicopatológicos em adolescentes

Autor(es): Rosa, Marta Filipa dos Santos cv logo 1

Data: 2013

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.1/3535

Origem: Sapientia - Universidade do Algarve

Assunto(s): Psicologia clínica; Psicologia da saúde; Adolescência; Estilos de educação parental; Psicopatologia; Género; Idade; Estrutura familiar


Descrição
Dissertação de mest., Psicologia Clínica e da Saúde, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2013 O objetivo deste trabalho foi o de estudar de que forma os estilos educativos parentais podem contribuir para o aparecimento de psicopatologia na adolescência. Foram inquiridos 100 alunos do 2º e 3º ciclo de uma escola pública do distrito de Faro. Como forma de se analisar as relações entre as variáveis em estudo foram aplicados dois instrumentos, nomeadamente, o Parental Behavior Inventory, que mede as práticas de parentalidade e o Youth Self Report para avaliar os sintomas psicopatológicos nos adolescentes. Foi ainda utilizado o questionário de dados Sociodemográficos e Familiares de Nunes, Guimarães e Lemos (2011). De um modo geral, os resultados do estudo são os seguintes: a utilização de técnicas parentais positivas por parte das figuras parentais não estão associadas ao aparecimento de psicopatologia de tipo internalizado vs externalizado nos adolescentes da amostra em estudo, concluindo-se que quanto maior a utilização de práticas parentais positivas por parte da mãe, maior a agressividade verbal por parte dos adolescentes. No que respeita à supervisão parental, esta não surge relacionada com a presença de quaisquer psicopatologia do foro internalizante e externalizante. Relativamente à perceção da comunicação pais-filhos, no que respeita ao pai, a qualidade da comunicação não parece influenciar o aparecimento de psicopatologia de tipo internalizado nos adolescentes. Porém, a qualidade da comunicação com a mãe parece influenciar o aparecimento de problemas de relacionamento nos adolescentes da amostra em estudo. O mesmo não se verifica nas associações entre a comunicação pais-filhos e o aparecimento de psicopatologia do tipo externalizado. Relativamente ao grau de consistência parental, verificámos que a consistência parental não surge associada ao aparecimento de problemas psicopatológicos (internalizado vs externalizado).No que respeita ao controlo psicológico, verificamos que o controlo psicológico exercido pelo pai estava associado ao aparecimento do comportamento anti-social dos adolescentes da amostra em estudo. Por outro lado, o grau de responsividade parental não apresenta uma relação significativa com a psicopatologia auto-relatada. Relativamente à dimensão da família e estrutura familiare, contatamos que o número de irmãos não surge associado à presença de psicopatologia nos inquiridos. Já as estruturas familiares biparentais e monoparentais surgem associadas à presença de problemas internalizados. vi No que respeita ao sexo, o género feminino apresenta mais problemas de psicopatologia a nível de internalização e o género masculino mais problemas de externalização. Relativamente ao grupo etário, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas no que respeita ao aparecimento de psicopatologia de tipo internalizado segundo a idade dos adolescentes. Porém, observamos mais problemas de relacionamento nos rapazes com idades superiores a 13 anos. Já no âmbito da psicopatologia de tipo externalizado, os adolescentes com idades inferiores ou iguais a 13 anos apresentam mais problemas de externalização no que respeita à agressividade verbal, comportamento anti-social e na busca de atenção por parte dos pais.
Tipo de Documento Dissertação de Mestrado
Idioma Português
Orientador(es) Lemos, Ida
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