Author(s):
Gomes, Alexandra
Date: 2008
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.1/283
Origin: Sapientia - Universidade do Algarve
Subject(s): Teses; Psicologia da saúde; Comportamento; Risco; Prevenção; Preservativo; SIDA; Infecções
Description
Dissertação de mest., Psicologia, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2008 O preservativo é a forma mais eficaz de protecção contra infecções sexualmente
transmissíveis. No entanto, a sua utilização continua a ser inconsistente, resultando
num aumento de casos de HIV/SIDA nas diversas camadas etárias. Os modelos
cognitivos e socio-cognitvos dos comportamentos para a saúde têm sido adequados a
esta realidade revelando pouca aplicabilidade.
Este estudo pretende contribuir para a aplicabilidade dos modelos socio-cognitivos aos
comportamentos sexuais de risco, especificamente à não utilização do preservativo.
Elaborou-se um modelo, com base nas relações teóricas estudadas, que englobava
variáveis socio-demográficas, intrapessoais, interpessoais e situacionais. Foi objectivo
deste estudo, testar, através de análises exploratórias e confirmatórias, a
aplicabilidade deste modelo à utilização do preservativo. Complementarmente
realizou-se a uma análise comparativa entre sexos e níveis de risco.
Aplicaram-se 165 questionários a estudantes universitários, com idades
compreendidas entre os 18 e os 25 anos. Os resultados sugerem que o modelo
elaborado inicialmente não era o indicado para explicar os comportamentos sexuais de
risco. Eliminaram-se as variáveis que, explorativamente, não tinham um peso na
explicação da utilização do preservativo. Este novo modelo foi testado através de uma
análise confirmatória, tendo-se verificado um ajustamento dos dados ao modelo
criado.
Concluiu-se que o comportamento anterior é o melhor preditor da intenção futura da
utilização do preservativo. Variáveis intrapessoais, interpessoais e situacionais
mostram ter um peso no comportamento anterior, mas perdem o seu impacto numa
intenção futura de utilização.
Sugerem-se estudos futuros que contextualizem o comportamento sexual de risco,
alterando o enfoque do indivíduo como racional para um paradigma menos
racionalizado.