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Competências para a vida em adolescentes: avaliação da qualidade de vida relaci...

Autor(es): Monteiro, Maria João Mateus cv logo 1

Data: 2011

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.1/1519

Origem: Sapientia - Universidade do Algarve

Assunto(s): Competência social; Habilidades sociais; Competências para a vida; Qualidade de vida relacionada com a saúde; Prevenção; Adolescência


Descrição
Dissertação de mest., Psicologia da Educação (Necessidade Educativas Especiais), Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2011 Este estudo pretendeu descrever e analisar a competência social e a qualidade de vida, percebida, relacionada com a saúde, em adolescentes do ensino regular e os que frequentam turmas CEF/PCA. Participaram no estudo 189 adolescentes, do 2º, 3º ciclos, e ensino secundário, no Algarve, com idades entre os 14 e os 18 anos (X=15,6; DP=1,190), sendo 53% raparigas e 47% rapazes. De acordo com o tipo de ensino, foram divididos em dois grupos: um de alunos de turmas regulares (101 alunos) e outro de alunos pertencentes a cursos de educação e formação (CEF) e a percursos curriculares alternativos (PCA) (88 alunos). Foram utilizados os seguintes instrumentos: questionário de dados sóciodemográficos; inventário de Situações de Vida Stressantes (Oliva, Jiménez, Parra, & Sánchez-Queijiga, 2008); escala SSRS - Social Skills Rating System (versão estudantes), (Gresham & Elliott, 1990); e o Kidscreen 52 (versão portuguesa para crianças e adolescentes) (Gaspar & Matos, 2008a). Os resultados indicam percepções positivas da competência social e da qualidade de vida relacionada com a saúde, pelos adolescentes, essencialmente nas áreas relativas ao bem-estar social, nomeadamente na qualidade e satisfação na relação com os amigos, e na implicação de melhores habilidades sociais na empatia e cooperação nessas relações. Como aspectos mais preocupantes encontram-se o baixo envolvimento e satisfação com a escola e com a competência escolar (face aos resultados médios da amostra), a baixa percepção de apoio e compreensão da família, e o menor bem-estar psicológico (comparativamente à media portuguesa). O que diferenciou os dois grupos foi a existência de melhores habilidades sociais (Autocontrolo e Empatia) e competência social, mais sentimentos de pertença e aceitação pelo grupo, e menos sentimentos de provocação pelos outros, nos alunos do regular. Os alunos do CEF/PCA são os que mais se sentem satisfeitos com a escola e com a competência escolar, apesar de se sentirem mais provocados pelos outros adolescentes. Os resultados sugerem que a competência social e a qualidade de vida relacionada com a saúde são influenciadas pelas diversas dimensões que os compõem, por variáveis sócio-demográficas (sexo, idade, contexto familiar e escolar, e de imigração) e por acontecimentos de vida negativos. Estes aspectos indicam a necessidade de ter em atenção as diferenças relativas ao sexo e à idade na implementação de estratégias preventivas, e a necessidade de colaboração entre contexto escolar e familiar, incidindo na melhoria de capacidades protectoras de ambos os contextos. Verificou-se uma influência mútua entre a competência social e a percepção da qualidade de vida relacionada com a saúde, tal como entre esta e os acontecimentos de vida stressantes; implicando que intervenções preventivas numa área terão impacto positivo indirecto nas outras áreas relativas ao desenvolvimento saudável e à melhoria da saúde. Sugere-se o desenvolvimento de programas de competências para a vida como boa prática na prevenção e promoção da saúde.
Tipo de Documento Dissertação de Mestrado
Idioma Português
Orientador(es) Nunes, Cristina
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