Author(s):
Guimarães, Ana Paula
Date: 1996
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10362/6931
Origin: Repositório Institucional da UNL
Description
pp. 355-366 Não há começos nesta história. A primeira vez que é vista, a mulher
vai a subir para o seu posto, uma roda. Chamamos-lhe assim: a mulher
da roda.
Apresentemo-la, nestes Encontros Interdisciplinares "Identidade,
Tradição, Memória", através da actividade que realiza e do objecto em
que a leva a cabo: uma roda de tirar água, um engenho de rega
composto por um disco guamecido de alcatmzes (em barro ou folha,
presos ao disco, a camba, por meio de vimes, ou ligados às penas, que
se retiram quando a água do rio deixa de ter caudal suficiente para
accionar a roda e esta passa a ser movida a pé) montado sobre raios,
girando todo o conjunto num eixo forte, em madeira como tudo o resto.
À medida da água que é preciso pôr em circulação, a mulher, agarrada
às travessas, marcha sobre o rasto (estreita tábua de forro que reveste
o disco) e acciona toda a estmtura.