Autor(es):
Lisboa, João Luis
Data: 1989
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10362/6649
Origem: Repositório Institucional da UNL
Descrição
pp. 185-204 Em Julho de 87, numa das mais polêmicas intervenções
do Congresso Internacional da SIEDS, Furio Diaz afirmava,
em mesa redonda, achar muito produtivo o que tem sido feito
sobre a história da leitura, embora pessoalmente continuasse
mais interessado na «Grande História». Estava então em causa
o apuramento das condições de existência das casas editoras,
o seu interesse pelos sucessos comerciais hoje esquecidos,
ou pela edição mutilada de obras de impacto, as suas estratégias,
as suas margens de lucro, os gostos do público leitor
setecentista. Uma noção como a de «Grande História» (pressupondo
a preferência do estudo da obra de Raynal e Rousseau
ao das simplificadas reproduções «piratas» que os vulgarizaram
no séc. XVIII) não podia deixar de provocar reacções
imediatas. Mas outras perguntas se justificam: o que é, então,
a história da leitura, e qual a importância de um debate destes,
num congresso como o realizado pela Sociedade Internacional
para o Estudo do Século XVIII?