Autor(es):
Silva, Carlos Pereira da
Data: 2001
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10362/3651
Origem: Repositório Institucional da UNL
Assunto(s): Gestão litoral; Praias; Zonas costeiras
Descrição
O litoral, espaço geográfico de interface entre o meio marinho e terrestre,
reúne múltiplos recursos que têm vindo a ser explorados ao longo dos
tempos de uma forma cada vez mais intensa. A crescente ocupação humana
das áreas litorais nos últimos 50 anos é disso um claro exemplo, chamando
cada vez mais a atenção de entidades e especialistas de vários domínios
científicos, para a necessidade de disciplinar e ordenar a exploração dos
sistemas litorais.
As praias, enquanto parte integrante destes sistemas, não fogem à situação
descrita, uma vez que o turismo, entendido como uma das principais
indústrias do final do século XX (Nordstrom, 2000), as elege como espaço
privilegiado de destino, promovendo o desenvolvimento dos aglomerados
adjacentes que suportam todas as actividades complementares ao turismo
balnear.
As áreas litorais em geral e as praias em particular, são excelentes exemplos
de pontos de suporte da actividade turística, muitas vezes, a principal fonte
de rendimentos para alguns países, como se pode depreender das palavras
de Clark; “Good beaches are worth bilions of tourist dollars. Degraded
beaches are worth little” (1995: 17). Assim, a praia pode ser considerada
como um factor produtivo limitante do crescimento de um destino turístico,
que tem de ser respeitado, para não existir uma degradação de condições
que ponha em causa as suas características atractivas, geradoras de toda a
riqueza. Mas a degradação das praias é, apenas, um entre vários impactos
negativos provocados pela exploração massiva dos sistemas litorais e daí o
seu estudo e preservação serem considerados cada vez mais cruciais em
processos de desenvolvimento de efectiva sustentabilidade (Pesme, 1997).