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Função dos músculos respiratórios em doentes com insuficiência cardíaca esquerda

Autor(es): Carmo, Miguel Mota cv logo 1 ; Bárbara, Cristina cv logo 2 ; Ferreira, Teresa cv logo 3 ; Ferreira, Sara cv logo 4 ; Rendas, António Bensabat cv logo 5

Data: 2001

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10362/3330

Origem: Repositório Institucional da UNL

Assunto(s): Insuficiência Cardíaca Esquerda; Músculos Respiratórios; Pressões Máximas Respiratórias; Pressões de Sniff; Pressão Transdiafragmática; Estimulação Magbética Cervical


Descrição
Revista Portuguesa de Cardiologia, 2001; 20 (5):533-545 Objectivo: 0 objectivo deste trabalho foi : estudar a função dos músculos respiratórios em doentes com insuficiência cardíaca esquerda moderada (ICE), e o seu contributo para a génese do cansaço e da dispneia. Concepção do estudo:Estudo prospectivo comparativo entre doentes com ICE e normais. Doentes: Estudámos 10 doentes do sexo masculino, com insuficiência cardíaca esquerda (GI), classe II e III da NYHA, com idade média de 65.6±6.9 anos e 10 controles normais, sem patologia cardio-pulmonar (GII), com idade média de 64.5±4.9 anos. Material e métodos: Utilizános métodos dependentes da vontade com determinações das pressões máximas expiratórias (PME)ao nível da Capacidade Pulmonar Total e inspiratórias (PMI) ao nível da Capacidade Residual Funcional, das pressões através de sniff nasal ·(SNIFF-N) e da pressão de sniff esofágico (SNIFF-E). Determinámos igualmente as pressões transdiafragmáticss (TwPDI). Com os métodos independentes da vontade, utilizando a estimulação magnética cervical do frénico ao nível da CRF determinámos a pressão Twitch esofágica (TwPes), a Twitch gástrica (TwGas)e a Twitch transdiafragmática (TwPDI). Resultados: No que conceme às pressões dependentes da vontade não obtivemos diferenças significativas da PME (cmH2O): GI-136±38; GII-145.5±36.8; p=NS e da PMI (cmH2O):GI-73.720.7; GII 87.1±ll.7; p=NS; Estas foram no entanto inferiores às ohtidas através da técnica do sniff. Obtivemos uma pressão significativamente menor nos doentes com ICE do SNIFF-N (cmH20):GI-87±l0.7;GII-99,4±18.5;p<O,O4 não atingindo significância para 0 SNIFF-E (cmHzO): GI-88.9±11.5; GII-97.117.2; p<O,1; Utilizando a técnica não dependente da vontade, com estimulação magnética do frénico não encontrámos diferenças na pressão transdiafragmática TwPDI(cmH20): GI19.9±4.42; GII-24.2±8.9; p=NS, mas a comparticipação do diafragma para essa mesma pressão foi significativamente menor nos doentes com ICE, uma vez que se registou uma diferença no TwPes (cmHzO): GI-1O,6±2.4; GII-l5.6±5.8;p<O,01; Não se registaram diferenças entre o SNIFF nasal e esofágico. Conclusões: A comparticipação do diafragma para a ventilação total e normal nos doentes com ICE moderada,uma vez que não há diferenças na pressão transdiafragmática. Contudo, a sua comparticipação para gerar pressões negativas intra-torácicas é menor uma vez que há uma diminuição significativa do TwPes e do SNIFF-N. 0 diafragma parece pois,ser o prineiro músculo inspiratório a ser afectado na ICE moderada, uma vez que a função total dos músculos inspiratórios está conservada visto não haver diferenças nas PMI e PME.
Tipo de Documento Artigo
Idioma Português
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