Autor(es):
Crespo, Adriana Carneiro Anselmo da Costa e
Data: 2014
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10362/11414
Origem: Repositório Institucional da UNL
Assunto(s): Juízo de gosto; Sublime; Corpo intensivo; Corpo-sem-órgãos; Corpo virtual; Plano de imanência; Espaço liso; Linha de fuga
Descrição
Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários
à obtenção do grau de Doutor em Filosofia, especialidade de Estética O problema da necessidade da arte é discutido nesta tese a partir da questão do desinteresse estético em Kant. Foi neste contexto que tentámos perceber com a maior exactidão possível o que acontecia, de facto, na apreensão estética de um corpo do qual foi abstraído o conceito e, em particular, na produção de uma imagem-nua. Recorremos a um caso concreto: O Guardador de Rebanhos, como poema-corpo de Alberto Caeiro, observando a partir desse caso como é que em arte não existem objectos, mas apenas corpos. Sendo assim, verificámos que o problema da necessidade da arte não é pensado nas suas articulações reais, em Kant, porque falta, na filosofia crítica de Kant, elaborar um pensamento sobre o corpo vivo e habitado, isto é, o corpo humano tal como o pensa, por exemplo, José Gil. «Que corpo temos em arte?» Na tentativa de responder a esta questão, isolámos quatro grandes factos pelos quais precisamos de arte – transparência, intensidade, experimentação e afirmação (ou desejo), mas tais factos só se tornaram compreensíveis a partir do momento em que começámos a pensar um corpo em arte na imanência, em particular com Pessoa, José Gil, Deleuze e Espinosa