Autor(es):
Henriques, Ana Gabriel da Silva Cavaleiro
Data: 2003
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10773/4210
Origem: RIA - Repositório Institucional da Universidade de Aveiro
Assunto(s): Microbiologia molecular; Doença de Alzheimer; Proteínas
Descrição
A proteína precursora de amilóide de Alzheimer (APP) é um factor chave na
doença de Alzheimer (AD). Essencialmente o processamento da APP resulta
na produção de Abeta, o peptídeo tóxico depositado nas placas de amilóide
dos indivíduos com AD. Ainda permanece por esclarecer se o processamento
da APP é afectado sob condições de stress celular, potencialmente
aumentando a quantidade de Abeta produzida. Além disso, o stress celular
pode induzir alterações moleculares, associadas à AD, que podem representar
marcadores moleculares úteis para o diagnóstico da AD.
Com estas questões em mente, procurámos identificar alterações, em resposta
ao stress celular, no processamento da APP e na expressão de outras
proteínas. Nestes estudos de monitorização considerámos que a fosforilação
proteica anormal e o stress oxidativo podem contribuir para a condição
patológica. Assim, investigámos o processamento da APP dependente da
fosforilação durante o stress celular. Os dados obtidos confirmam que a
secreção da APP é reduzida em situações de stress, e que o efeito é idêntico
em linhas celulares de tipo neuronal e não neuronal. Os resultados obtidos
revelam que o PMA, mesmo em situações de stress (azida de sódio 1 mM)
pode afectar o processamento da APP, aumentando a produção de sAPP (o
fragmento secretado após o processamento de APP) que pode potencialmente
reduzir a produção de Abeta. A hipótese de afectar a produção de Abeta
dependente da fosforilação, que por sua vez pode ter relevância num quadro
clínico, mantém-se mesmo em condições de stress.
Os resultados revelaram que a indução de sAPP, após a adição de ésteres de
forbol, ou ácido ocadeíco, em condições de stress não é idêntica. Em
contraste, sob condições controlo, tanto os ésteres de forbol como o ácido
ocadeíco produzem o mesmo efeito em termos da produção de sAPP.
Aparentemente estas duas vias podem ser dissociadas em condições de
stress, o que de algum modo pode reflectir processamento alterado da APP
em condições adversas.
Nas experiências em que se analisou a expressão de outros potenciais
marcadores moleculares, foram detectadas alterações nos níveis de expressão
de várias proteínas. Estes marcadores moleculares representam alvos
interessantes para futura validação e potenciais candidatos para um
diagnóstico molecular na AD. As proteínas já identificadas são importantes do
ponto de vista da transdução de sinais, e incluem a PP1, a HSP70, a PARP e
a própria APP. Mestrado em Microbiologia Molecular
Tipo de Documento
Dissertação de Mestrado
Idioma
Português
Orientador(es)
Silva, Odete Abreu e; Silva, Edgar Cruz e