Author(s):
Cotovio, Ana Paula Lapa
Date: 2010
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10773/10349
Origin: RIA - Repositório Institucional da Universidade de Aveiro
Subject(s): Política educativa; História da educação; Sistemas educativos: Portugal: Espanha: 1960-2010
Description
No ocidente, a partir da Grécia, a escola desenvolveu-se como alternativa ao
trabalho. No início do séc. XXI o paradigma europeu (2000-2020) de
aprendizagem ao longo da vida preconiza no nível 2 do Quadro Europeu de
Qualificações (QEQ; EU, 2008) um ensino por áreas de trabalho e de estudo,
com percursos diversificados e em Portugal em 2010 continua ainda a manterse
um ensino unificado dos 11 aos 15 anos de idade, orientado para o
prosseguimento de estudos e não para a inclusão na vida ativa.
A organização dos sistemas educativos de Portugal e Espanha, no
correspondente ao nível 2 do QEQ nos anos 1960, era idêntica.
Como é que em Portugal e Espanha os sistemas educativos se têm vindo a
desenvolver no nível 2 na relação estudo/ trabalho nos últimos 50 anos?
Foi feita uma análise comparada, de 1960 a 2010, dos percursos de
escolaridade obrigatória, educação básica, educação secundária e formação
profissional, em Espanha e Portugal, no nível 2 do QEQ, com as orientações
das organizações internacionais.
Verificou-se que a partir de 1990 o sistema educativo espanhol englobou na
educação básica a educação primária (nível 1) e a educação secundária
obrigatória (nível 2), enquanto o ensino básico em Portugal manteve a
estrutura anterior não acompanhando a maioria dos países europeus.
Concluiu-se que em Espanha e Portugal ainda não se integram áreas de
trabalho e/ou de estudo diversificadas no nível 2 do QEQ, como modalidades
do ensino regular, preparando para a cidadania produtiva, ativa e participativa.
Continua a conservar-se um modelo elitista, marginalizando os alunos
considerados mais fracos para a formação profissional e selecionando os
melhores para um ensino exclusivamente académico-científico, que valoriza a
obtenção de um diploma e não a aquisição e desenvolvimento de
competências para a inclusão na vida ativa. In the western world, from Greece onwards, school has developed as an
alternative to working life. At the beginning of the XXI century the European
paradigm (2000-2020) of lifelong learning advocates, in level 2 of European
Qualifications Framework (EQF, E.U., 2008), education by areas of work and
study, with diverse educational paths. Also, Portugal in 2010 still maintains a
unified school for pupils from 11 to 15 years of age, oriented for further studies
and not for inclusion in working life.
In the 1960s, the organization of educational systems in Spain and Portugal, in
the corresponding EQF level 2, was identical.
How have the education systems in Portugal and Spain developed, at level 2,
in terms of the relationship study / work in the last 50 years?
A comparative analysis was made of the pathways of compulsory education,
basic education, secondary education and professional training courses, in
Spain and Portugal, from 1960 to 2010, at level 2 of the EQF, with the
guidelines of international organizations.
It was found that from 1990 onwards, in the Spanish education system, basic
education comprised primary education (level 1) and compulsory secondary
education (level 2), while basic education in Portugal maintained the previous
structure, not following the trend in most European countries.
It was concluded that Spain and Portugal have not yet integrated diversified
working and/or study areas, at level 2 of the EQF, as possible pathways of
regular education, preparing for productive, active and participatory citizenship.
An elitist system is maintained, marginalizing those who are considered weaker
students by guiding them to professional training, while at the same time
directing the strongest ones exclusively to highly scientific and academic
education, which values the acquisition of a diploma instead of the acquisition
and development of skills to integrate working life. En el occidente, a partir de Grecia, la escuela se desarrolló como una
alternativa al trabajo. A principios de siglo XXI el paradigma europeo (2000-
2020) de aprendizaje a lo largo de la vida aboga en el nivel 2 del Marco
Europeo de Cualificaciones (MEC, EU, 2008) una enseñanza por áreas de
trabajo y de estudio, con caminos diversos y en Portugal en el 2010 se sigue
todavía manteniendo una enseñanza unificada de los 11 a los 15 años de
edad, orientada hacia la continuación de los estudios y no hacia una inclusión
en la vida activa.
La organización de los sistemas educativos de Portugal y España, en el
correspondiente al nivel 2 del MEC en los años 1960, era idéntica.
¿Cómo es que en Portugal y España los sistemas educativos se han
desarrollado en el nivel 2 en la relación estudio / trabajo en los últimos 50
años?
Se hizo un análisis comparativo de 1960 a 2010, de los caminos de
enseñanza obligatoria, educación básica, educación secundaria y formación
profesional, en España y Portugal, en el nivel 2 del MEC con la orientación de
las organizaciones internacionales.
Se verificó que a partir del 1990 el sistema educativo español abarcó la
educación primaria (nivel 1) y la educación secundaria obligatoria (nivel 2) en
la educación básica, mientras que la educación básica en Portugal mantuvo la
estructura anterior sin acompañar la mayoría de los países europeos.
Se concluyó que en España y Portugal todavía no se han integrado áreas de
trabajo y / o de estudios diversas en el nivel 2 del MEC, como las clases de
educación regular, que preparan para la ciudadanía productiva, activa y
participativa. Se sigue conservando un modelo elitista que margina a los
alumnos considerados más débiles hacia la formación profesional y selecciona
a los mejores para una educación exclusivamente académica y científica, que
valora la obtención de un título y no la adquisición y desarrollo de
competencias para su inclusión en la vida activa. Mestrado em Ciências da Educação - Formação Pessoal e Social