Autor(es):
Gonçalves, Artur
; Carvalho, Graça Simões de
; Rodrigues, Vitor
; Albuquerque, Carlos
Data: 2008
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/1822/7641
Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho
Assunto(s): Álcool; Tabaco; Drogas; Alunos
Descrição
A droga é um problema social que afecta particularmente os jovens. Para a prevenção do uso/abuso de drogas em 1974 o Comité de Sábios em Farmocodependência estabeleceu a doutrina da OMS a este respeito, considerando a escola como um dos pilares básicos na prevenção da drogodependência (Rush, 2000). Também a ONU no Conselho da Europa, a UNESCO e outros organismos internacionais alinham pelo mesmo diapasão, reconhecendo na escola o centro ideal de prevenção da toxicodependência, uma prevenção inserida no plano global da Educação para a Saúde (Negreiros, 2000).
Assim, o enfoque escolar e a prática docente sobre a toxicodependência como doença do foro psicológico deve assentar, não num modelo que vise exclusivamente a abstinência, mas, num amplo quadro que reflicta as implicações e complexidades biológica, psicológica, histórica e social deste problema, objectivando à intencionalidade do princípio causal (predictores/factores de vulnerabilidade-factores de risco) ou seja deve de forma democrática, sistemática e intencional formar cidadãos construtivos, sócio-críticos, ecológicos e éticos, dotando-os de “empowerment” e “literacia crítica” (Carvalho, 2003).
Em função do quadro atrás aduzido e, pretendendo compreender as dinâmicas educativas promovidas no domínio das drogas e da toxicodependência, duas questões se impõem:
1 - Que avaliação fazem os alunos às práticas escolares no que concerne a riscos e prevenção do uso/abuso de drogas
2 – Que concepções têm os alunos sobre a abordagem feita pelos programas e manuais escolares à problemática das drogas?
Os alunos reconhecem o uso/abuso aditivo como problema grave com implicações sociais, individuais, económicas e de saúde pública; mais presente no género masculino e com origem nas dinâmicas valorativas, culturais, socio-económicos e idiossincráticas.
À escola é reconhecido importante papel preventivo (informação, competências), todavia, reconhecem também que as acções de prevenção incorporadas nas práticas escolares tem pouca expressividade.
Sobressair ainda a necessidade da abordagem à problemática do álcool, tabaco e outras drogas começar numa idade precoce (início do ensino obrigatório-1ºCEB), centrada na transversalidade disciplinar e liderada pelos próprios professores (generalistas ou especialistas).
No domínio técnico-político identificam uma insuficiência programática na abordagem à problemática aditiva, a qual, introduz problemas de natureza didáctica.