Autor(es):
Castro, Marta Alexandra dos Santos Neves de
Data: 2007
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/1822/7240
Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho
Assunto(s): Aprendizagem auto-reguladora; Auto-eficácia; Instrumentalidade; Género; Rendimento escolar; Self-regulated learning; Self-efficacy; Instrumentality; Gender; Academic
Descrição
Dissertação de Mestrado em Psicologia -
Área de Especialização em Psicologia Escolar Com esta dissertação pretende-se contribuir para alargar o conhecimento das relações
existentes entre a auto-regulação da aprendizagem, a percepção de auto-eficácia para
auto-regular a aprendizagem, a percepção de instrumentalidade dos processos de autoregulação
da aprendizagem, a sua influência no sucesso académico e analisar a
influência de variáveis relacionadas, como o sexo, o ano de escolaridade e as
habilitações escolares dos pais, em alunos e alunas do 3.º Ciclo do Ensino Básico.
Após a revisão da literatura assumimos a teoria sociocognitiva como marco teórico
subjacente a este trabalho (Bandura, 1997; Rosário, 2004; Schunk, 2001; Zimmerman,
2000a). Na avaliação foram utilizados os instrumentos: FDPA (Ficha de dados pessoais
e sócio-demográficos dos alunos e alunas); IPAA (Inventário de Processos de Autoregulação
da Aprendizagem); Questionário da Percepção de Auto-eficácia para Autoregular;
Questionário da Percepção de Instrumentalidade da Auto-regulação da
Aprendizagem. O estudo empírico realizado contemplou 1310 participantes de escolas
dos distritos de Braga e Porto. Os resultados obtidos confirmam que o terceiro e o quarto
intrumentos nomeados mostram ser adequados para avaliarem, respectivamente, a autoeficácia
percebida pelos alunos e alunas para auto-regularem a sua aprendizagem e a
instrumentalidade percebida pelos alunos e alunas dos processo de auto-regulação da
aprendizagem. Revelaram ainda que em média os e as participantes deste estudo
possuem percepções de auto-eficácia para auto-regular e perfis auto-regulatórios mais
deprimidos do 7.º para o 9.º ano de escolaridade, manifestando as raparigas, no entanto,
um perfil mais auto-regulado e percepções de auto-eficácia para auto-regular mais fortes
do que os rapazes. Relativamente à instrumentalidade, assiste-se a um ligeiro aumento
das percepções de instrumentalidade da auto-regulação da aprendizagem do 7.º para o
9.º ano de escolaridade, ainda que este não se mostre significativo. Verificou-se também
que são as raparigas que apresentam níveis superiores de rendimento académico, quer
em Língua Portuguesa quer em Matemática, embora nesta última as diferenças não
sejam significativas. O rendimento académico, assim como as habilitações escolares dos
pais associam-se positiva e significativamente com a auto-regulação da aprendizagem, a
percepção de auto-eficácia para auto-regular e a percepção de instrumentalidade dos
processos de auto-regulação da aprendizagem. Existe uma correlação positiva entre a
auto-regulação da aprendizagem, as crenças de auto-eficácia para auto-regular a
aprendizagem e a percepção de instrumentalidade da auto-regulação. Considera-se
relevante que futuras investigações procurem compreender melhor os factores que
condicionam o incremento da auto-regulação dos alunos e alunas, no nosso país, de
modo a promover de forma efectiva e equitativa a auto-regulação da aprendizagem ao
longo da escolaridade junto de alunas e alunos, e, consequentemente, o sucesso
educativo. relationships between self-regulated learning, the perception of self-efficacy for selfregulated
learning, the perception of instrumentality of self-regulated learning, its
influence in academic achievement and analyse the influence of related variables such as
gender, academic achievement and parents qualifications of students from 7th to 9th
grade (Portuguese compulsory education).
Sociocognitive theory (Bandura, 1997, Schunk, 2001, Zimmerman, 2000a) was the
framework of this research. For assessment we used the following instruments: FDPA
(Sociodemografic data file), IPAA (Self-regulated learning processes questionnaire),
Self-efficacy for self-regulate questionnaire; Instrumentality for self-regulate learning
processes questionnaire. These empirical made included 1310 participants from schools
of the Braga and Porto districts. The results confirmed that the 3rd and 4th instruments
used showed to be suitable to measure students perceived self-efficacy for self-regulated
learning, and students perceived instrumentality of self-regulated learning, respectively.
Concerning instrumentality, there is a small increase of self-regulation learning
instrumentality perception from 7th to 9th grade, although it is not very significant. The
results also stress that, on average, the participants report weaker self-efficacy for selfregulate
and were less self-regulated from 7th to 9th grade, girls reported, however,
stronger self-efficacy for self-regulated learning and were more self-regulated than boys.
It was shown that girls demonstrated higher academic achievement on Portuguese
Language and Mathematics, although in the later the differences are not significant.
Academic achievement, as well as parents qualifications, are positively and significantly
associated with self-regulated learning, self-efficacy for self-regulate and instrumentality
of self-regulation. There is a positive correlation between the self-regulation learning
and the beliefs of self-efficacy for self regulate and the perception of instrumentality of
self-regulated learning. It’s considered relevant for future researches to try to better
understand the factors that limit the increase of Portuguese students self-regulation, as a
mean to increase in a effective and equitably way the self-regulation of learning
throughout schooling among male and female students.