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O contributo das ciências sociais e médicas para o estudo da infertilidade

Autor(es): Remoaldo, Paula Cristina Almeida cv logo 1 ; Machado, Helena cv logo 2 ; Reis, Isabel M. Dória dos cv logo 3

Data: 2005

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/1822/5273

Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho

Assunto(s): Infertilidade; Bem-estar familiar; Saúde reprodutiva


Descrição
Portugal apenas no último triénio do século XX assistiu a importantes alterações legislativas no âmbito da saúde reprodutiva, mas parte destas ainda não foram concretizadas até ao momento. Não foi, exempli gratia, encetada ainda uma Educação para a Saúde, cobrindo questões tão fulcrais como a Educação Sexual e a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis, que pressupõem impactes sérios na saúde dos portugueses. Dois dos impactes mais significativos prendem-se com a mais elevada taxa de cancro do colo do útero (maior incidência e mortalidade) de toda a União Europeia e com o aumento dos casos de infertilidade. Ainda que até ao momento não exista em Portugal informação completa que permita confirmar a percentagem de casais em situação de infertilidade, estima-se que existam entre 10 a 15% de casais nesta situação, de acordo com o que se avança para a escala mundial, o que corresponderá, grosso modo, a cerca de 500 mil casais inférteis para Portugal. Soluções para este problema? Não parece fácil, e a questão da infertilidade ainda que assole o quotidiano de tantos casais, não entrou verdadeiramente no debate público em Portugal. No entanto, médicos e outros interessados avançam propostas para ajudar a minimizar os efeitos negativos desta situação – desde maiores incentivos para os casais terem filhos mais cedo, como benefícios fiscais, mais facilidade na compra da habitação a uma maior comparticipação do Estado nas técnicas e medicamentos para tratamento da infertilidade. Não sendo conhecida em Portugal a verdadeira dimensão da infertilidade, uma equipa constituída por uma Geógrafa, uma Socióloga e três Médicos, iniciou em 2004, uma investigação num município do Noroeste português (Guimarães) financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (F.C.T.) . Os principais objectivos do projecto prendem-se com a análise aprofundada da problemática da infertilidade no concelho de Guimarães, centrando-se no diagnóstico da proporção de indivíduos com infertilidade em relação à população em geral. Paralelamente preocupa-se com a caracterização dos aspectos clínicos, sócio-culturais e económicos dos casais que constituem casos evidentes de infertilidade. Também se tenta aferir quais são os factores que influenciam a população com problemas de fertilidade a não procurar os serviços de saúde para debelar este problema. Por último, pretende-se informar os casais em situação de infertilidade e orientá-los para a rede de hospitais e instituições privadas existentes no Noroeste Português, que possuem consultas de infertilidade. O presente artigo centra-se nas questões metodológicas inerentes a este estudo, equaciona os factores culturais e sociais que guiam o conceito de infertilidade e revela alguns dados institucionais existentes sobre a problemática.
Tipo de Documento Documento de conferência
Idioma Português
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