Autor(es):
Marinho, Sandra
Data: 2004
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/1822/2709
Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho
Assunto(s): Jornalismo; Entre-os-Rios
Descrição
Comunicação apresentada ao II Congresso Ibérico de Ciências da Comunicação, Covilhã, 23 e 24 de Abril de 2004. Se é nas sociedades democráticas, assentes em valores como a liberdade e o pluralismo, que se verificam as condições para o exercício do jornalismo, são os mesmos princípios democráticos que fazem com que o trabalho dos jornalistas também possa, e deva, ser discutido, por jornalistas, cidadãos e detentores de órgãos de poder público, nos e pelos próprios órgãos de comunicação social. Esta é uma prática que se quer contínua e integrante do processo de produção jornalística, mas que emerge com mais força e acutilância em situações específicas, quando se trata de avaliar a cobertura de certos acontecimentos, particularmente aqueles que são imprevistos, implicam os poderes públicos e acarretam graves consequências, como a morte: o caso da queda da ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios, é disso um exemplo. O acompanhamento jornalístico deste acontecimento suscitou diversas críticas, algumas até bastante violentas, por parte de diferentes interlocutores, levando até à emissão de um comunicado por parte do Sindicato dos Jornalistas.
Nesta comunicação, propomo-nos dar conta das principais ideias do debate que então se verificou, identificando e caracterizando os argumentos que contribuíram para a problematização das práticas jornalísticas. Teremos como ponto de partida os materiais publicados pelos media (imprensa escrita) sobre esta questão, em particular, as análises, comentários, tomadas de posição e opiniões que argumentam sobre o caso. Este trabalho está integrado numa investigação mais vasta, desenvolvida no âmbito do projecto Mediascópio, do Núcleo de Estudos em Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho.