Autor(es):
Barbosa, Manuel Gonçalves
Data: 2013
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/1822/26906
Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho
Descrição
As gramáticas da vida decente e digna são afirmadas pela democracia para se
justificar, quer como forma de governo, quer sobretudo como forma de vida regulada pela
defesa dos direitos humanos, mas os problemas que ela própria criou, ou não soube afrontar
atempadamente, colocam agora em risco a sua sustentabilidade económica, social e
ambiental, a qual se afigura determinante para cumprir com a promessa de vida decente e
digna para todos. A sociedade civil, situada entre as forças do mercado e os poderes
públicos, não pode ficar indiferente a tudo isso, uma vez que as oportunidades de vida boa,
segundo padrões de decência e dignidade, também concernem as suas instituições e
organizações mais representativas. A sociedade civil, enquanto laboratório de
experimentação de novas práticas sociais e de reconfiguração de atitudes e
comportamentos, é uma força de educação a ter em conta no relançamento do projeto
democrático em termos sustentáveis e é isso que pretendemos demonstrar nesta
comunicação, pondo em destaque, por um lado, o necessário resgate da sociedade civil
como agência de educação para a democracia e, por outro, reconsiderando o seu
protagonismo na defesa da sustentabilidade económica, social e ambiental desse projeto de
vida em comum cuja ultima ratio é a efetiva concretização do direito humano a uma vida
decente e digna sem exclusões e discriminações de ninguém.