Autor(es):
Oliveira, Ana Paula Rocha Rebelo
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/1822/24497
Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho
Assunto(s): Intervenção precoce na infância; Transição; Práticas baseadas na evidência; Colaboração inter-serviços; Early intervention; Transition; Evidence-based practices; Inter-service collaboration
Descrição
Dissertação de mestrado em Educação Especial (área de especialização em Intervenção Precoce) A finalidade deste estudo foi conhecer, compreender e explorar as perceções dos
pais acerca do processo de transição da Intervenção Precoce na Infância para o 1º Ciclo.
No sentido de dar resposta à finalidade, bem como aos objetivos deste estudo
desenvolveu-se uma investigação que utilizou uma metodologia qualitativa e a
entrevista semi-estruturada como instrumento de recolha de dados.
Neste estudo participaram quatro mães, com idades compreendidas entre os 37 e os
45 anos, cujos filhos(as) transitaram no ano letivo 2010-2011 para o 1º Ciclo. Os
resultados são apresentados, numa primeira parte, sob a forma de estudo de caso
individual e, numa segunda parte, traçamos as diferenças e as semelhanças entre as
perceções das mães, interpretadas e analisadas à luz da investigação nesta área.
Analisando as perceções das mães concluiu-se, entre outros aspetos, que: (a) a
decisão da transição foi tomada pelas famílias e profissionais; (b) o planeamento
iniciou-se entre 6 a 12 meses antes da transição; (c) as decisões da transição foram
registadas num plano; (d) existência de responsável pela transição e de reuniões de
preparação da transição; (e) prestado apoio e informação sobre aspetos diversos da
transição; (f) contactos com a nova escola através de reuniões e visitas; (g) avaliação e
desenvolvimento de competências da criança para a transição com envolvimento das
famílias; (h) relatório de transição partilhado com nova equipa; (i) inexistência de
reunião de transição no início do ano lectivo entre a família e programas de envio e
receção (j) inexistência de contactos com a IPI após a transição.
Os aspetos positivos do processo de transição são: proximidade com a escola antes
da transição, apoio da IPI (preparação da criança para a transição e promoção da
competência e confiança da mãe para cuidar do seu filho) e continuidade do trabalho
pela nova equipa. Os aspetos negativos encontrados são: deixar de ter apoio da IPI, não
colocação na escola de professor especializado em educação especial, diferenças
filosóficas e institucionais entre os programas, descontinuidade dos serviços,
necessidades e expetativas individuais não foram tidas em conta o que provocou
insegurança, angústia e stress. The purpose of this study is to know, understand and explore the parents'
perceptions about Early Intervention (EI) transition process in elementary school.
In order to achieve the objectives set by this study, a research was developed using
a qualitative methodology and a semi-structured interview as a tool of data collection.
For the study, four mothers were chosen, aged between 37 and 45 and whose
children went to elementary school for the first time in the academic year of 2010-2011.
First, the results were presented as an individual case study, and second, the differences
and similarities of the mothers' perceptions were identified, being interpreted and
analyzed in the light of the research made in this field.
By analysing the mothers' perceptions, several conclusions were reached: (a) the
decision concerning the transition was made by families and professionals; (b) the
planning began 6 to 12 months before the transition; (c) the decisions were registered in
a plan; (d) the existence of the transition's responsible person and preparation meetings;
(e) the support and information given concerning the several aspects of the transition;
(f) the contacts with the new school through meetings and visits; (g) the evaluation and
development of the children's competences to deal with the transition along with the
family involvement; (h) the transition report shared with the new staff; (i) the absence of
a transition meeting at the beginning of the school year between family and sending and
receiving programs; (j) the absence of contacts with the EI after the transition.
The positive aspects of the transition process are: proximity to school before the
transition, support of EI (child's preparation to deal with the transition and mother's
promotion of competence and trust to care for the child) and continuity of the work by
the new staff. The negative aspects are: the end of EI suport, the non-existence in
elementary school of a specialised teacher in special education, the philosophical and
instituitional differences between programs, the discontinuity of services, the neglecting
of individual needs and expectations which caused insecurity, anguish and stress.