Autor(es):
Araújo, Emília Rodrigues
; Wagner, Izabella
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/1822/22814
Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho
Assunto(s): Tempo; Política; Teoria; Democracia; Mobilidade; Conhecimento; Brain drain; Time; Policy; Theory; Democracy
Descrição
As sociedades contemporâneas são marcadas por movimentos intensos de mobilidade e de migração que transformam gradualmente as paisagens e os tecidos sociais dos estados-nação, propondo novos modelos de hierarquização e estratificação social, nem sempre reconhecidos política e socialmente. Esta comunicação tem como objetivo propor uma reflexão critica sobre os padrões de mobilidade de cientistas e investigadores que têm caracterizado a Polónia e Portugal, após os anos cinquenta do século XX. Pretende-se relacionar a evolução da mobilidade por parte destes profissionais com as características dos contextos sociopolíticos e económicos dos dois países. Sabe-se, com efeito, que as variações nos ciclos económicos e políticos têm impacto considerável nos percursos profissionais dos cidadãos, constituindo motivos de saída. A realidade histórica dos dois países apresenta algumas semelhanças, mas também notáveis diferenças. Tanto as semelhanças, como as diferenças são interessantes pontos de ancoragem para reflectir sobre as políticas públicas implementadas. É, assim, possível, por um lado, avaliar como a política, em geral, e as políticas especialmente dirigidas à gestão da mobilidade lidaram com a saída de “cérebros” ao longo do tempo, assumindo, ou não, as interpretações dos paradigmas que, entretanto, se foram instalando no seio da teoria social e económica sobre as vantagens, desvantagens e efeitos da mobilidade (referimo-nos, essencialmente, aos paradigmas sobre o brain drain, o brain gain e o brain circulation). Por outro lado, é possível propor algum intercâmbio analítico em relação à qualidade das medidas de políticas adoptadas em ambos os países no que se refere a questões tao fundamentais como a cidadania e o direito de residência, a propriedade intelectual, o género e a idade e a gestão da “transnacionalidade”. A comunicação centra-se na análise de dados documentais inseridos em projectos investigação participados pelas autoras, enfatizando a necessidade de hoje se debater politicamente e de forma mais intensa os fenómenos de brain drain que implicam profissionais altamente qualificados e, em concreto, investigadores e cientistas. Esta comunicação tem como objetivo propor uma reflexão sobre os padrões de mobilidade de cientistas
e investigadores que têm caracterizado a Polónia e Portugal, após os anos cinquenta do século XX.
Pretende-se relacionar a evolução da mobilidade por parte destes profissionais com as características dos
contextos sociopolíticos e económicos dos dois países. Tanto as semelhanças, como as diferenças entre
os dois países são pontos de ancoragem para reflectir sobre as políticas públicas implementadas. A
comunicação que se apresenta, necessariamente sucinta, suporta-se em análise documental. A
comunicação mostra a pertinência em discutir detalhadamente os paradigmas de análise da mobilidade
de cientistas e investigadores, propondo que a mesma seja problematizável à luz das transformações nas
carreiras académicas. This communication seeks to propose a critical reflection concerning mobility of scientist and
researchers. The authors focus particularly the Portuguese and the polish contexts, signaling some of the
political traits which can explain the present day shape of mobility in the two countries. The text is based
in documental analysis and it shows the need to further discuss mobility of researchers and scientists
within the major transformation happening in science and research careers in both countries.