Autor(es):
Araújo, Emília Rodrigues
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/1822/22810
Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho
Assunto(s): Tempo; Democracia; Política; Sociedade; Identidades; Subjectividades; Time; Policy; Democracy; Society
Descrição
A análise sobre as identidades e os modos de vida nos tempos atuais embate constantemente no exercício e na validade da democracia como regime político aberto à participação e à expressão das autenticidades. Podemos afirmar, aliás, que a democracia, designadamente na modalidade participativa, constitui hoje, em plena experiência de uma séria de rupturas, um ponto central de preocupação na teoria social. Dois elementos centrais indispensáveis a este debate, com necessidade subsequente de intervenção, dizem respeito ao espaço e ao tempo. Apesar de terem tido um estatuto algo camuflado no âmbito da teoria social, o espaço e o tempo coexistiram como objectos de extremo relevo nos modos de abordar, interpretar e agir sobre o mundo social. Ambos constituem objectos de política, pois além de condicionarem as acões individuais, institucionais e colectivas, implicam tomadas de decisão que residem em relações de poder entre indivíduos, grupos, classes e instituições sociais. Esta comunicação visa apresentar uma análise crítica das temporalidades sociais actuais, perspectivando um reposicionamento da relevância do conceito de “politica de Tempo”, tanto ao nível da interpretação como da intervenção sobre a trajectória do mundo social presente, nacional e transnacional. Sobretudo, pretende-se mostrar a relevância da análise do modo como a(s) politica(s) lidam com o tempo e se reflectem nas identidades individuais e colectivas, lidas sob a perspectiva do presente e do (seu) futuro. The analysis about the identities and life styles nowadays clash constantly with the exercise and
validity of democracy as a political system open to participation and expression of authenticity. We
can say, incidentally, that democracy, particularly in participatory mode, is now in full experience of a
series of disruptions, a central concerning social theory. Two central are elements essential to this
debate, with the subsequent need for intervention: space and time. Space and time are objects of
policy, as well as conditions for individual actions, institutional and collective decision. This
communication aims to present a critical analysis of current social temporalities, proposing to reflect
on the relevance of the concept of “time policy".