Autor(es):
Lamego, P.
; Lourenço, Paulo B.
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/1822/21462
Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho
Assunto(s): Edifícios de “placa”; Caracterização construtiva; Descontinuidade estrutural; Armadura insuficiente; Comportamento sísmico; Dano sísmico
Descrição
Os edifícios de “placa” caracterizam-se por possuírem pavimentos em betão que
descarregam directamente em paredes, podendo estas possuir capacidade resistente ou não.
Estes edifícios foram construídos em Portugal Continental entre as décadas de 1930 e 1960 [1] e
representam, na actualidade, cerca de 40% do parque habitacional [2]. Dada a elevada
representatividade desta tipologia construtiva no edificado nacional, acrescido do facto de existir
pouca informação sobre o seu comportamento, a mesma está a ser objecto de um estudo que,
entre outros factores, analisa a sua vulnerabilidade sísmica.
Apresentam-se, neste artigo, algumas das conclusões obtidas no decorrer do referido estudo.
Procede-se assim à exposição dos aspectos construtivos mais marcantes e que são próprios dos
edifícios de “placa”, identificando-se materiais vulgarmente utilizados e características
construtivas dos mesmos. Do ponto de vista estrutural, descrevem-se as diferentes metodologias
construtivas encontradas na análise dos projectos estruturais originais, incluindo a eventual
existência e localização de elementos estruturais em betão armado, tais como pilares e vigas.
Um estudo detalhado dos elementos estruturais é também aqui efectuado, com uma análise das
secções e armaduras mais vulgarmente encontradas.
A execução de modelos computacionais de diversos edifícios, simulando simultaneamente as
paredes em alvenaria e os elementos resistentes em betão armado, e a posterior realização de
análise “pushover”, permitiu a observação do comportamento dos mesmos face a acções
horizontais. Assim, os resultados obtidos desta análise, tendo em conta a classe em altura dos
edifícios (pequeno, médio ou grande porte), são apresentados neste artigo, com a análise dos
danos sísmicos mais frequentemente verificados tanto em paredes como em pilares e vigas e,
finalmente, a identificação de eventuais zonas do edifício com deficiente capacidade estrutural
face à acção sísmica.