Autor(es):
Pereira, Vânia
; Pereira, Beatriz Oliveira
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/1822/19858
Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho
Assunto(s): Recreio; Atividades lúdicas; Interações; Género
Descrição
O sentimento que as crianças têm em relação à escola é largamente baseado nas suas experiências durante o tempo de recreio, pois é durante estes momentos que as crianças constroem e realizam os seus jogos, que estabelecem as próprias regras de conduta e onde mantêm as suas relações sociais independentes da sala de aula. (Blatchford, 1998).
Atendendo às dinâmicas sociais atuais podemos admitir que para a criança, o recreio é o espaço onde ela exerce a sua liberdade de ação sendo este um importante contexto para o jogo. Este, por sua vez, potencia o desenvolvimento motor, cognitivo e social da criança (Neto, 2008).
Este estudo tem como objectivos, perceber quais os jogos e brincadeiras praticados no recreio, pelas crianças dos 6 aos 9 anos, de uma escola do 1º ciclo do ensino básico e identificar com quem brincam as crianças durante esse período. Foi nossa intenção, ainda, verificar as diferenças entre géneros e idades. A amostra é constituída por 33 crianças (18 rapazes e 15 raparigas) de uma escola do 1º Ciclo do concelho de Vila Verde, Braga. Para a recolha de dados foi utilizado um registo diário das atividades realizadas no recreio durante uma semana.
Verificou-se que os rapazes realizam com mais frequência durante a semana os jogos de perseguição (52,2%), seguindo-se, os jogos de cartas (13,0%) e os jogos de faz-de-conta (11,0%). Por sua vez, as raparigas, apesar de menor percentagem em relação aos rapazes, também são os jogos de perseguição que elas mais realizam no recreio (29,1%), sucedendo-se os jogos de faz-de-conta (17,4%) e as corridas (14,0%).
Quanto às relações entre as crianças nos recreios, podemos afirmar que estas se relacionam com o grupo da turma mais frequentemente aos 6 e 7 anos. As crianças com 8 e 9 anos brincam e jogam com crianças das mesmas idades independentemente do género. As raparigas de 8 e 9 anos interagem, mais frequentemente com as crianças de 6 e 7 anos do que os rapazes da sua idade.