Author(s):
Sousa, Adélio Cruz e
Date: 2011
Persistent ID: http://hdl.handle.net/1822/19796
Origin: RepositóriUM - Universidade do Minho
Description
Dissertação de mestrado em Finanças A estrutura de capitais das empresas continua a ser um assunto de amplo debate na
área das finanças empresariais. Existem diversas abordagens, para esta problemática
comummente designadas por teorias tradicionais (”Static Trade-off”, Teoria da
Agencia e “Pecking Order”), no entanto, e tendo particularmente em consideração a
relevante evidência empírica, nenhuma prevalece sobre as outras.
Por outro lado, e no âmbito das finanças Comportamentais têm, muito recentemente,
vindo a ser propostas importantes contribuições para a resolução desta problemática,
nomeadamente através do estudo da influência do, assim designado
“optimismo/excesso de confiança” dos gestores, mais em particular, na definição da
estrutura de capitais das empresas. Os diversos estudos teóricos, baseados nos
modelos das Finanças Comportamentais apontam no sentido de que as empresas
geridas por indivíduos optimistas/ excessivamente confiantes possam apresentar
maiores níveis de endividamento.
A nível empírico, os estudos desenvolvidos, no âmbito das Finanças
Comportamentais, mesmo a nível mundial, ainda são muito poucos, e ao que melhor
sabemos em Portugal ainda não foi efectuada nenhum pesquisa que tenha estudado a
possível influência do optimismo/excesso de confiança na definição da estrutura de
capitais das empresas.
Assim, o presente estudo tem como objectivo avaliar a possível influência do
optimismo /excesso de confiança na definição da estrutura de capitais de empresas,
utilizando como metodologia de investigação os modelos lineares de dados em
painel, recorrendo a uma amostra de 41 empresas Portuguesas, cotadas e não
financeiras, durante o período de análise: 1998 a 2008.
Uma das principais dificuldades, mas ao mesmo tempo um desafio, foi medir o
optimismo/excesso de confiança. Construímos a nossa medida, com base nos
inquéritos de confiança da EU a empresas Portuguesas.Com base nos inquéritos de
confiança elaborados pela EU e aplicados a empresas portuguesas, os resultados
apontam no sentido de que as empresas geridas por gestores optimistas/
excessivamente confiantes sejam financeiramente mais alavancadas. The capital structure remains a special issue in corporate finance. There are several
approaches, commonly referred to as traditional theories ("Static Trade-off”, Agency
Theorie and “Pecking Order") to this problem, however, and particularly taking into
account the relevant empirical evidence, no precedence over the other.
On the other hand, in the context of behavioral finance have very recently been
proposed to be important contributions to solving this problem, particularly through the
study of the influence of the so called "optimism / overconfidence" of managers, more
particularly in the definition of the capital structure of companies. The various
theoretical studies, based on models of behavioral finance point in the sense that
businesses run by optimistic / overconfident managers may present higher levels of
debt.
At the empirical level, studies developed in the context of Behavioral Finance, even
worldwide, are still very few, and what we know best in Portugal has not yet been
carried out any research that has studied the possible influence of optimism /
overconfidence on definition of the capital structure of companies.
Thus, this study aims to assess the possible influence of optimism / overconfidence in
setting the capital structure of companies, in a sample of 41 non financial publicly
traded Portuguese companies from 1998 to 2008.
A major difficulty, but at the same time a challenge was to measure optimism /
overconfidence. We construct our measure, based on surveys of confidence conducted
by European Comission and applied in Portuguese companies.
Based on that survey, the results point in the sense that companies run by optimistic /
overconfident managers are more financially leveraged.