Autor(es):
Pereira, M. Graça
; Pedras, Susana
; Lopes, Cristiana
; Pereira, Marta
; Machado, José Cunha
Data: 2010
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/1822/16465
Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho
Assunto(s): Veteranos; Psicopatologia; Suporte social; Qualidade de vida
Descrição
Passaram mais de 30 anos, após a Guerra Colonial Portuguesa e cerca de 140 mil veteranos apresentam perturbações psicológicas crónicas diversas. O presente estudo pretendeu avaliar a presença de diagnóstico de PTSD numa amostra de 230 veteranos e verificar se existem diferenças entre os veteranos com PTSD e os veteranos sem PTSD quanto à presença de perturbação emocional, doença física, funcionamento familiar, qualidade de vida, suporte social e personalidade. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Avaliação da Resposta ao Acontecimento Traumático (EARAT), Brief Symptoms Inventory (BSI), WHOQOL-Brief (OMS, 1998), Family Adaptability Cohesion Evaluation Scale (FACES III), Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS) e a versão portuguesa do lnventário de Personalidade de Eysenck (EPI). Os resultados demonstraram que 39.5% preenchiam os critérios de diagnóstico de PTSD, 81% apresentavam perturbação emocional, 50% apresentavam doenças cardiovasculares e 72% pertenciam a famílias com elevado grau de disfuncionamento familiar (tipo extremas). Verificaram-se diferenças entre os veteranos com PTSD e sem PTSD ao nível da psicopatologia, qualidade de vida e suporte social. Os resultados revelam a importância de programas de intervenção eficazes dirigidos ao veterano e família particularmente ao nível da promoção do suporte social, adaptação à doença e qualidade de vida.