Autor(es):
Campos, J. Creissac
Data: 1993
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/1822/148
Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho
Descrição
A separação dos sistemas interactivos em componente computacional e componente de diálogo, veio possibilitar o aparecimento de tecnologia, específica para a implementação de interfaces com o utilizador. No entanto, apesar da grande quantidade de tecnologia disponível, a construção de uma interface é ainda um processo difícil e demorado. Tal situação, deu origem ao estudo e desenvolvimento de metodologias que permitam especificar formalmente o diálogo humano-computador, tendo em vista um desenvolvimento mais rápido e seguro da referida camada.
A interface de um sistema interactivo não deve ser apenas um meio de transmissão passivo entre o utilizador e a aplicação, mas um reflexo da aplicação, permitindo ao utilizador saber o estado actual da mesma facilitando-lhe, assim, o diálogo com ela. A separação demasiado rígida, proposta por muitos modelos, entre camada computacional e camada de diálogo não permite o desenvolvimento de interfaces deste tipo, uma vez que a informação semântica se encontra encapsulada na componente computacional.
Com base nestas constatações, foi estudado e implementado um formalismo de especificação de diálogo - Guiões de Interacção - que permite a inclusão de condições semãnticas na especificação, possibilitando expressar claramente e diferenciar as componentes dinâmicas do diálogo, em particular “o diálogo sensível ao con da aplicação”. A utilização de uma notação a la CCS permite a especificação de diálogos concorrentes, tendo-se utilizado Petri Nets para lhes dar semântica e como modelo de implementação dos Guiões de Interacção.
É ainda apresentada a arquitectura do sistema GAMA-X - um UIMS para a linguagem CAMILA baseado em Guiões de Interacção - e feita a implementação da componente de runtime do mesmo, provando, deste modo, a validade dos Guiões de Interacção enquanto formalismo para a especificação de diálogo.