Autor(es):
Oliveira, Tânia
; Anastácio, Zélia
; Carvalho, Graça Simões de
Data: 2010
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/1822/11182
Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho
Assunto(s): Adolescência; Gravidez; Educação sexual; Família
Descrição
Este estudo de carácter descritivo, com abordagem metodológica mista, tem como objectivo verificar a associação entre a gravidez precoce e o uso de informação sobre sexualidade fornecida pela escola e pela família. Estudou-se uma amostra de 30 jovens grávidas em contexto institucional e um grupo de 60 professores de uma escola do norte do país. Utilizou-se um questionário para as adolescentes grávidas e outro para os professores. Complementarmente realizaram-se entrevistas semi-estruturadas a sete jovens.
Pelos dados obtidos da Escala do Ambiente Familiar, as grávidas adolescentes de idade superior a 18 anos, comparativamente às mais jovens, revelam maior valor de coerência em todos os itens: coesão, expressividade, conflito, independência, organização e controlo familiar. Aquele grupo etário manifesta que a gravidez precoce terá ocorrido num momento errado para ter um bebé, pela falta de condições económicas e sociais. Revela também sentimentos de preocupação em relação ao bebé como consequência da falta de bem-estar físico e psicológico da mãe adolescente.
Os resultados dos professores sugerem que a escola estará preparada para responder a esta temática, verificando-se diferenças a nível de género, área de docência, ciclo e tempo de docência. A associação entre as percepções dos professores e as das adolescentes sobre a educação sexual em meio escolar, revela diferenças significativas.
Este estudo sugere que: família estruturada será sinónimo de menor incidência de gravidez na adolescência; maior conhecimento acerca da sexualidade contribuirá para mais elevada idade na primeira gravidez; e escola com formação adequada contribuirá para reduzir a taxa de gravidez adolescente.