Author(s):
Rocha, Denise M.
; Carvalho, Graça Simões de
Date: 2010
Persistent ID: http://hdl.handle.net/1822/11085
Origin: RepositóriUM - Universidade do Minho
Subject(s): Actividades artísticas; Qualidade de vida; Tratamento hospitalar; Artistic activities; Quality of life; Hospital treatment
Description
A criança hospitalizada, em particular a criança em tratamento oncológico, apresenta elevado grau de stress, perturbador do seu bem-estar, pelo que o exercício da actividade artística pode contribuir para ultrapassar esta situação depressiva e contribuir para a melhoria da sua qualidade de vida.
No presente estudo analisámos a percepção dos profissionais de saúde e de educação, dos pais e das próprias crianças hospitalizadas sobre as actividades artísticas desenvolvidas no âmbito do apoio pedagógico (AP) e de actividade dos tempos livres (ATL), no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto. As actividades artísticas de AP ocorreram durante todo o ano lectivo e as de ATL nas férias escolares. A amostra compreendeu três grupos: Grupo-A, com 15 sujeitos de equipa do IPO (4 enfermeiros, 3 médicos, 3 professoras, 2 assistentes operacionais, 2 voluntários e 1 educadora); gupo-B, com 11 progenitores (10 mães e 1 pai), e o grupo-C com 6 crianças, com idades entre os 5 e 13 anos praticando actividades de AP e de ATL. Aos três grupos aplicou-se um questionário/entrevista adaptado do “Pediatric Oncology Quality of Life Scale (POQOLS) de 1994”. Em geral, a visão dos sujeitos sobre a prática das actividades artísticas neste âmbito hospitalar foi claramente positiva. A equipa pedagógica enfatizou a sua importância como mediador na aprendizagem de outras disciplinas. Os pais e equipa não médica salientaram a sua contribuição no desenvolvimento cognitivo e na abstracção do ambiente hospitalar. As próprias crianças destacaram que sentiam bem-estar durante a realização das actividades e demonstraram uma disposição positiva, no sentido de extroversão e adesão às actividades, valorização pessoal e integração social. No seu todo os resultados mostram claramente que as actividades artísticas promovem nas crianças hospitalizadas ocasião para expressarem os seus sentimentos e as suas vivências, contribuindo assim para a promoção da saúde e da sua qualidade e vida. The Hospitalized children, particularly children in oncology treatment, present a
high degree of stress that disturbs their well-being. The exercise of artistic
activity can help to overcome this depression and contribute to improving their
quality of life.
In this study we examined the perceptions of health and education
professionals, of parents and the children themselves hospitalized about artistic
activities carried out under the pedagogic support (AP) activity and free time
(ATL), in the Portuguese Institute of Oncology (IPO) of Porto. AP art activities
take place throughout the school year and ATL in school holidays. The sample
comprised three groups: Group A, with 15 subject of the IPO team (4 nurses, 3
doctors, 3 teachers, 2 operating assistants, 2 volunteers and 1 teacher); gupo-
B, with 11 parents (10 mothers and 1 father), and group C with 6 children (aged
between 5 and 13 years) practicing activities of AP and ATL. A questionnaire
adapted from the "Pediatric Oncology Quality of Life Scale (POQOLS 1994)
was applied to all groups. In general, the subjects’ opinions on the practice of
artistic activities in the hospital was clearly positive. The teaching team
emphasized its importance as a mediator in the learning of other disciplines.
Parents and non-medical team stressed their contribution in cognitive
development and abstraction from the hospital ambient. The Children
themselves referred they felt better well-being during the conduct of activities
and demonstrated a positive disposition in the sense of extroversion and feeling
of group belonging, personnel recovery and social integration. On the whole the
results show clearly that promoting artistic activities in hospitalized children can
create good opportunities for them to express their feelings and their
experiences, thereby contributing to the promotion of health and their quality
and life.