Author(s):
Sousa, Helena
; Pinto, Manuel
Date: 2004
Persistent ID: http://hdl.handle.net/1822/1003
Origin: RepositóriUM - Universidade do Minho
Subject(s): Serviço Público; Televisão; Economia; Sociedade Civil; Cidadania
Description
Comunicação apresentada na Secção de Economia Política da Conferência Científica da International Association for Media Communication Research (IAMCR), Porto Alegre, 25-30 de Julho de 2004. Facing strong competition and financial hardship, Public Service Broadcasting (PDB) operators are redefining their role and re-inventing new futures. The Portuguese PSB, Rádiotelevisão Portuguesa (RTP) is no exception and important changes have recently been introduced in the traditional ‘public service’ model. The centre-right government -in office since 2002 with a qualified majority - perceived the restructuring of RTP as a major political goal and, in an unprecedented move, it has decided to hand out one RTP’s generalist channel to ‘civil society’. This article looks at this political decision and its financial and economic implications. It argues that as far as rhetoric went, citizens had the centre-stage in this new ‘participatory model’ but it is economics rather than citizenry that is at the very heart of this strategy. Enfrentando uma enorme competição e grandes dificuldades financeiras, os Serviços Públicos de Televisão estão a redefinir os seus modelos e à procura de novos futuros. A televisão portuguesa de Serviço Público, Rádiotelevisão Portuguesa (RTP), não é excepção à regra e importantes transformações foram recentemente introduzidas. O governo de centro-direita, no poder desde 2002 com maioria absoluta, considerou a reestruturação da RTP como um objectivo político da maior relevância, e numa acção inédita, decidiu atribuir um canal generalista da RTP à chamada ‘sociedade civil’. Este artigo analisa essa medida política e as suas implicações. Dá conta de que, em termos retóricos, este modelo visa desenvolver um novo modelo de cidadania e de participação. No entanto, a realidade parece mostrar que a implementação deste modelo se prende mais com questões económicas e financeiras do que com a proliferação qualificada de vozes na esfera pública.