Autor(es):
Sales, José das Candeias
Data: 2013
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.2/3397
Origem: Repositório Aberto da Universidade Aberta
Assunto(s): Egiptologia; Período Ptolomaico; Multiculturalismo; História urbana
Descrição
Atas do I Congresso Histórico Internacional realizado em Guimarães, de 24 a 26 de Outubro de 2012 A Alexandria do Egipto, a mais célebre de todas as cidades antigas que tomaram o nome do grande conquistador macedónio Alexandre Magno, tornou-se, entre os séculos IV e I a.C., a principal cidade cultural e comercial do Mediterrâneo.
Fundada sob o impulso de Alexandre, Alexandria só ganharia projecção e pujança urbana no período ptolomaico, sob a liderança política da dinastia lágida, especialmente dos seus primeiros reis. Foram eles que exploraram e desenvolveram, com muita eficácia, as potencialidades que, desde o início, a cidade apresentava, sendo, realmente, os responsáveis pela edificação de um conjunto de importantes infra-estruturas, de edifícios e de instituições que marcaram a feição da cidade.
Os intensos fluxos migratórios que a capital dos Ptolomeus captou, com a mira posta nas possibilidades económicas, administrativas e culturais que oferecia, tornaram-na sede de uma população multicultural e justificaram muitas das referências que encontramos em autores antigos (ex.: Políbio, Estrabão, Quinto Cúrcio, Plutarco, Arriano, Diodoro da Sicília, Pseudo-Calístenes) sobre a sua génese, evolução, características, diferentes comunidades e respectivos contingentes demográficos.
Procuramos aqui conferir especial destaque a estas referências e explicar como muito do brilho que, histórica e miticamente, a cidade de Alexandria projectou para a posteridade tem a indelével marca desse «esplendor urbano cosmopolita» do período ptolomaico.