Autor(es):
Silva, Cláudia Daniela Mota
Data: 2014
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10348/3244
Origem: Repositório da UTAD
Assunto(s): Psicopatologia; Distúrbios alimentares; 159.97(043); 616.89-008.44(043); 616.39(043); 613.2(043)
Descrição
A excessiva valorização da magreza e estigmatização da obesidade, na sociedade Ocidental contemporânea, leva um vasto número de indivíduos a procurar, exaustiva e impacientemente, o corpo magro e tonificado (Jorge & Vitalle, 2008) efetuando, para tal, comportamentos alimentares desajustados e práticas não saudáveis para o controlo do peso (Matos, 2006; Matos & Arriaga, 2010; Souza, Souza, Magna, & Magna, 2011). Estas práticas podem, muitas vezes, culminar no desenvolvimento de distúrbios alimentares (Matos, 2006; Oliveira, 2009).
Tendo em conta que atualmente estas psicopatologias ainda constituem um desafio pela “pela sua natureza sindrômica, não completamente esclarecida do ponto de vista etiológico” (Appolinário, Cordás, & Claudino, 2002, p. 1), este estudo visa o conhecimento dos fatores epidemiológicos de risco para o desenvolvimento destas psicopatologias. Trata-se de uma investigação do tipo quantitativo, quasi-experimental, transversal, descritiva e comparativa, que compreendeu 282 adolescentes, sendo 142 do sexo masculino e 140 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos de idade. Este estudo utiliza como instrumentos psicológicos o Teste de atitudes alimentares – 26 (TAA-26), a Escala Multidimensional do Perfeccionismo (EMP) e o Teste do Bem-Estar Psicológico (BEP). Os dados foram tratados e analisados através do programa informático Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 21.
A investigação realizada permitiu identificar os seguintes fatores epidemiológicos de risco dos distúrbios alimentares: IMC elevado, escolaridade, nomeadamente a pertença ao ensino superior, comentários depreciativos acerca da imagem corporal, pressão social para emagrecer, existência de histórico familiar de perturbação alimentar, realização de dietas pelo próprio adolescente e pela família, preocupação com o peso, insatisfação corporal, perfeccionismo elevado e reduzido bem-estar psicológico. The overvaluation of thinness and stigmatization of obesity in contemporary Western society, it takes a large number of individuals to seek thorough and impatiently, the lean and toned body (Jorge & Vitalle, 2008) making, for such maladaptive eating behaviors and practices for unhealthy weight control (Matos, 2006; Matos & Arriaga, 2010; Souza, Souza, Magna & Magna, 2011). These practices can often culminate in the development of eating disorders (Matos, 2006; Oliveira, 2009).
Given that these psychopathologies currently still constitute a challenge by "syndromic in nature, not fully elucidated the etiological point of view" (Appolinário, Cordás, & Claudino, 2002, p. 1), this study aims at understanding the epidemiological fators risk for the development of these psychopathologies.
This is an investigation of the quantitative, quasi-experimental, cross-sectional, descriptive and comparative, which comprised 282 adolescents, 140 males and 142 females, aged between 12 and 18 years old. This study uses as instruments of psychological the Eating Attitudes Test - 26 (SAT-26), the Multidimensional Perfectionism Scale (EMP) and the Test of the Psychological Well-Being (BEP). Data were processed and analyzed using the computer program Statistical Package for Social Science (SPSS), version 21.
The research identified the following epidemiological risk fators of eating disorders: high BMI, education, derogatory comments about body image, social pressure to lose weight, there is a family history of eating disorder, performing diets by the teen and the family, preoccupation with weight, body dissatisfaction, perfectionism high and low psychological well-being. Dissertação de Mestrado em Psicologia Clínica