Autor(es):
Silva, Sandra Oliveira
Data: 2014
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10348/3027
Origem: Repositório da UTAD
Assunto(s): Atividade física; Insuficiência cardíaca; Qualidade de vida; 796.035(043)
Descrição
O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida e o desempenho
físico em pacientes com insuficiência cardíaca crônica, durante as atividades
de vida diária de forma individual. A metodologia consiste no estudo
transversal, realizado no Serviço Ambulatorial do Hospital Santa Isabel,
Salvador-Ba. Foram entrevistados 47 pacientes, de ambos os sexos, com
insuficiência cardíaca crônica, (idade 55,5±12,3 anos, peso 65,9±12,9 Kg,
altura 1,6±0,1cm e IMC 25,3±4,8 Kg/m2), subdivididos em dois grupos: clínico
(n=28) e cirúrgico (n=19). Para avaliar a qualidade de vida foi utilizado o
Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire, o nível de atividade fisica foi
mensurado por acelerometria (número de passos), durante 07 dias
consecutivos. Os dados foram analisados através do recurso ao programa
estatístico Statistical Package for Social Science (versão 16.0, SPSS Inc,
Chicago), sendo considerado para a análise descritiva, os valores da média e
desvio padrão, e para a comparação entre os dois grupos de estudo, o teste t
para amostras independentes. Quando não se verificou a normalidade,
recorremos ao teste de Mann-Whitney. Para correlacionar o perfil clínico e
cirúrgico quanto à categorização das variáveis clínicas, foi utilizado teste Exato
de Fisher. O nível de significância foi estabelecido em p≤0,05. Observou-se
predomínio do gênero feminino, com 29 (61,7%) dos participantes. Na
categorização da insuficiência cardíaca crônica, a Classe Funcional III foi a
mais frequente [26 (55,3%)], e a etiologia chagásica [19 (40,4%)], estando
presente a hipertensão arterial sistêmica prévia em 30 (63,8%) dos 47
indivíduos avaliados. Na avaliação da qualidade de vida, encontraram-se
relações significativas (p≤0,05), nas dimensões físicas dos pacientes com
insuficiência cardíaca crônica. Verificou-se que o perfil cirúrgico apresentava
melhor qualidade de vida. Quanto ao desempenho físico, a atividade de vida
diária, correspondeu a maior frequência nas atividades de intensidade muito
leve a leve, ressaltando a melhor competência no perfil clínico (p≤0,01). Não
foram observadas atividades com intensidade vigorosa a muito vigorosa.
Conclui-se que os pacientes com insuficiência cardíaca crônica apresentam
diferenças de desempenho físico em razão da idade, gênero, e o avanço da
doença, principalmente na realização das atividades de maior intensidade,
devido à presença da limitação física, mas sem impacto na qualidade e vida e
na relação interpessoal. The objective of this study was to evaluate the quality of life and physical
performance in patients with chronic heart failure, during daily living activities.
The methodology consists on a cross-sectional study conducted in the
Ambulatory Service of Santa Isabel Hospital, Salvador-Bahia. A total of 47
patients with chronic heart failure, of both genders, were studied (55,5±12,3
years; 65,9±12,9 Kg; 1,6±0,1m and 25,3±4,8 Kg/m2), divided into two groups:
clinical (n = 28) and surgical (n = 19). To assess the quality of life the Minnesota
Living with Heart Failure Questionnaire, was used. The physical activity level
was measured by the accelerometer (number of steps) during 07 consecutive
days. Data were analyzed using the Statistical Package for Social Science
(version 16.0, SPSS Inc, Chicago). To compare the two groups were used the t
test for independent samples. When the normality wasn´t observed, we used
the Mann-Whitney test. To correlate the clinical and surgical groups regarding
to the categorization of the clinical variables we used Fisher's exact test. The
significance level was maintained at p≤0,05. There was a predominance of
females, with 29 (61.7%) of the participants. In the chronic heart failure, the
functional class III was the most frequent [26 (55.3%)], and chagas disease [19
(40.4%)], being present arterial hypertension in 30 (63.8%), of the 47 evaluated
subjects. For the quality of life, were found significant relations (p ≤0.05), for the
physical dimensions of chronic heart failure patients. The surgical patients
showed a better quality of life. Considering the physical activity, daily living
activities, were soft to very soft, with better performance in clinical profile (p
≤0,01). There wasn’t observed vigorous or very vigorous daily activities
intensity. We concluded that chronic heart failure patients differ in their physical
activities, due to age, gender, and disease progression, especially when
performing activities of greater intensity, due to the presence of physical
limitation, but with no impact on quality and life and interpersonal relations. Dissertação de Mestrado em Ciências do Desporto, Especialização em Avaliação e Prescrição na Atividade Física