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Ligação aos pares e autoestima: desenvolvimento psicopatológico em adolescentes...

Autor(es): Costa, Ingride Gomes cv logo 1

Data: 2013

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10348/2798

Origem: Repositório da UTAD

Assunto(s): Adolescentes; Institucionalização; Autoestima; Psicopatologia; 159.97(043)


Descrição
A institucionalização, tema que tem sido pouco abordado em Portugal, traduz em muitos casos sentimentos de rejeição e abandono que recriam situações de risco e vulnerabilidade nos adolescentes. No entanto, a oportunidade de estabelecer laços afetivos e emocionais com outras figuras significativas em meio institucional, como os pares, parece ser facilitador de um processo adaptativo. O presente estudo teve como objetivo principal analisar em que medida a qualidade da ligação aos pares prediz a autoestima e previne o desenvolvimento de psicopatologia em jovens provenientes de famílias intactas e institucionalizados. A amostra é composta 449 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12-18 anos, de ambos os sexos. Foram utilizados como instrumentos de autorrelato, o Inventory of Parent and Peer Attachment, Contingencies of Self-Worth Scale, o Brief Symptom Inventory e um questionário sociodemográfico. Os resultados foram discutidos à luz da teoria da vinculação e de uma perspetiva ecológica, discutindo em que medida os jovens são confrontados com novas realidades contextuais e beneficiam da qualidade das ligações emocionais que estão capazes de estabelecer. Neste sentido, verificou-se que a qualidade da ligação aos pares prediz positivamente a autoestima e negativamente a psicopatologia. Adolescentes que percecionam a sua relação com os pares como comunicativas denotam melhores níveis de autoestima através da aparência, competição e competência académica e um menor desenvolvimento de sintomatologia psicopatológica, nomeadamente, somatização, obsessão-compulsão, sensibilidade interpessoal, depressão, ansiedade e ansiedade fóbica. Contrariamente, a alienação aos pares prediz uma autoestima negativa através da aparência, competição, aprovação dos outros e competências académicas e a manifestação de maiores níveis de psicopatologia (somatização, obsessão-compulsão, sensibilidade interpessoal, depressão, ansiedade e ansiedade fóbica). Verificou-se que a configuração familiar modera a associação entre a qualidade da ligação aos pares e autoestima. No entanto, pode constatar-se que a qualidade da ligação aos pares é um melhor preditor de psicopatologia, do que a configuração familiar e a autoestima. Deste modo, evidencia-se a relevância do papel dos pares enquanto figuras significativas para o processo de desenvolvimento adaptativo do adolescente. Institutionalization, a theme that has been little explored in Portugal, in many cases translates rejection and abandonment feelings that recreate of risk and vulnerability situations among adolescents. However, the opportunity to establish emotional and affective ties with other significant figures in the institutional environment, such as peer, seems to be facilitator of an adapted process. The current study had as main aim to analyse in what extent the quality of the link peers predicts the self-esteem and avoids the psychopathology’s development in adolescents coming from traditional and institutionalized families. The sample consists of 449 teenagers, aged between 12-18 years old of both sexes. It was used as instruments of self-report, the Inventory of Parent and Peer Attachment, Contingencies of Self- Worth Scale, The Brief Symptom Inventory and a sociodemographic questionnaire. The results were discussed in the light of attachment theory and an ecological perspective, discussing the extent to which adolescents are faced with new contextual realities and benefit from the quality of emotional connections that they are able to establish. In this sense, it was found that the quality of the link peers predicts positively the self-esteem and negatively the psychopathology. Adolescents who perceive their relationships with peers as communicative showed higher levels of self-esteem through appearance, competition and academic competence and less development of psychopathological symptoms, namely, somatization, obsession-compulsion, interpersonal sensitivity, depression, anxiety and phobic anxiety. In contrast, the alienation of peers predicts a negative self-esteem through appearance, competition, approval of others and academic skills and the manifestation of higher levels of psychopathology (somatization, obsession-compulsion, interpersonal sensitivity, depression, anxiety and phobic anxiety). It has been found that the family configuration moderates the association between the quality of the link peers and self-esteem. However, it can be seen that the quality of the link peers is a better predictor of psychopathology than the family configuration and self-esteem. Thus, it is evident the important role of peers as significant figures in the development process of an adaptive adolescents. Dissertação de Mestrado em Psicologia Clínica
Tipo de Documento Dissertação de Mestrado
Idioma Português
Orientador(es) Mota, Catarina Pinheiro
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