Detalhes do Documento

Aplicação da perspectiva ecológica na gestão da complexidade e diversidade urbana

Autor(es): Fernandes, Anabela de Carvalho Martins cv logo 1

Data: 2008

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10348/2157

Origem: Repositório da UTAD

Assunto(s): Áreas urbanas; Ecologia; Urbanização; Modulação; Sistemas Urbanos; 711.4(469.202)(043); 502.1(043)


Descrição
O presente trabalho resultou de um processo de colaboração entre o Laboratório de Ecologia Aplicada do Departamento de Engenharia Biológica e Ambiental da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, da Agência de Ecologia Urbana de Barcelona e da Câmara Municipal de Vila Real. O conceito de ecologia urbana nasce em Chicago após a I Guerra Mundial, tendo conhecido o seu verdadeiro desenvolvimento em Metz, França. A promoção da ecologia urbana deve-se a um investigador, Roger Klaine que propôs conceber “ordenamentos urbanos de modo a favorecer a eclosão das potencialidades de cada um, satisfazendo as suas necessidades não expressas”, oferecendo “ordenamentos – sobretudo micro ordenamentos que permitissem aos habitantes encontrar o contacto directo com a Natureza”. A ecologia urbana não diz apenas respeito aos imóveis, à água e às árvores, é também uma gestão prudente das energias e um tratamento adequado dos resíduos (Paul & Steffan, 2001). A maioria dos nossos meios urbanos são áreas, por vezes caóticas, que carecem de planeamento e de orientação na sua fase de desenvolvimento. Tornaram-se sistemas complexos com uma enorme multiplicidade de usos e funções. A complexidade encontra-se assim ligada a um misto de ordem e desordem, que nos sistemas urbanos pode ser analisada, em parte, através do conceito de diversidade. Tal como a generalidade dos organismos vivos, a sociedade humana e as suas organizações, são portadoras de características que, de forma dinâmica no tempo, nos indicam o grau de complexidade dos sistemas e revelam o nível de interacção multifuncional das componentes que influenciam significativamente o presente e condicionam o futuro. A avaliação da malha urbana, em termos da distribuição das organizações públicas, privadas e de cariz social, reflecte a forma como esta influencia ou não a dinâmica da população residente. Desta forma, o cruzamento desta informação, proporciona os meios para a identificação de potenciais zonas de nova centralidade ou então zonas que se encontram deprimidas social e economicamente. Dado que os sistemas urbanos são entidades dinâmicas, os preceitos da modelação dinâmica são aplicáveis nesta problemática como ferramenta de previsão e apoio à gestão dos mesmos. A metodologia utilizada baseou-se na criação de um modelo dinâmico elaborado a partir da base de dados das pessoas jurídicas de uma área urbana, sujeita previamente a uma análise estatística multivariada. O principal objectivo deste trabalho foi desenvolver e testar uma ferramenta que auxiliasse os gestores dos municípios nas tomadas de decisão de planeamento e gestão da área urbana através da criação de um modelo dinâmico que permitisse projectar cenários futuros e averiguar os seus impactes na população. Em geral os resultados são encorajadores, dado que, numa perspectiva ainda académica, permitem projectar com credibilidade tendências populacionais face a alterações previsíveis da malha urbana. This work is the result of a process of collaboration between the Applied Ecology Laboratory of the Environment and Biology Engineering Department of the Trás-os-Montes and Alto Douro University, the Urban Ecology Agency and the Municipal Hall of Vila Real. The concept of urban ecology was born in Chicago after the I World War, but his true development was in Metz, France. The promotion of the urban ecology was made by an researcher called, Roger Klaine, who proposed to design “urban planning that favors the potential of each place, satisfying their non expressed necessities”, offering “planning – especially microplannig that allows their inhabitants to find the direct contact with Nature”. Urban ecology is not only about buildings, water and trees, but also about energy management and waste treatment (Paul & Steffan, 2001). The majority of the urban areas are chaotic, that need planning and guidance in their development phase. They become complex systems with a huge multiplicity of uses and functions. The complexity is linked to a mix of order and disorder that in urban systems can be analyzed, in some part, by the diversity concept. Like all the living organisms, the human society and their organizations, carry characteristics that, in a dynamic way in time, tell us the complexity degree of the systems and show the level of the multifunctional interactions of the components that influence significantly the present and condition the future. The assessment of the urban area, in terms of the distribution of public organizations, private and social, reflects how this influences whether or not the dynamics of population. This way, the cross of this information, provides the means for the identification of potential areas of new centrality or areas that are socially and economically depressed. Since urban systems are dynamic entities, the precepts of dynamic modeling are applicable in this issue as a tool for forecasting and management support for themselves. The methodology was based on creating a dynamic model developed from the database of legal persons of an urban area, previously subject to a multivariate statistical analysis. The main purpose of this study was to develop and test a tool to help the managers of the municipalities in decision-making planning and management of urban areas by creating a dynamic model that would project future scenarios and determine their impacts on the population. In general the results are encouraging because, even academic perspective, let projecting population trends with credibility in the face of changes expected from the urban area. Dissertação de Mestrado em Gestão de Ecossistemas
Tipo de Documento Dissertação de Mestrado
Idioma Português
Orientador(es) Cabral, João Alexandre Ferreira dos Santos
delicious logo  facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
degois logo
mendeley logo


    Financiadores do RCAAP

Fundação para a Ciência e a Tecnologia Universidade do Minho   Governo Português Ministério da Educação e Ciência Programa Operacional da Sociedade do Conhecimento União Europeia