Autor(es):
Jacinto, João, 1966-
Data: 2013
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/8940
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): Teses de doutoramento - 2013; Desenho; Arte contemporânea; Filosofia; Poética; Pintura; Artaud, Antonin, 1896-1948; Auerbach, Frank, 1931-; Giacometti, Alberto, 1901-1966; Kossoff, Leon, 1926-; Adorno, Theodor W., 1903-1969; Greenberg, Alan, 1927-
Descrição
Tese de doutoramento, Belas-Artes (Desenho), Universidade de Lisboa, Faculdade de Belas-Artes, 2013 Num século abstracto, como o séc.XX o foi, persistiram alguns intensos «olhar o rosto». Em quatro estúdios excessivos de pó, de tinta e de desordem, Antonin Artaud, Alberto Giacometi, Frank Auerbach e Leon Kossoff continuaram dia a dia a escavar o rosto, o mesmo rosto reclamando uma habilidade total e não condicionada da mão. Como que a verificar se o rosto ainda lá estava, se era possível o rosto possível. Contrariando a afirmação de Adorno de que depois do Holocausto já não era possível a poesia. E recusando o vaticínio de Greenberg, de que para um artista moderno seria impossível pintar um retrato. Tal como os pintores acima referidos, também nos entregamos aqui a não fazer outra coisa senão o que Adorno e Greenberg «proibiam»: o rosto, esse alhures monocromo. E a fazê-lo sempre, independentemente de usarmos tinta ou lápis ou carvão, como um elogio do Desenho. In a century of abstraction, as the twentieth-century was, a few fierce “gazes of the face” were insistently pursued. In four studios filled with dust, ink and general disarray, Antonin Artaud, Alberto Giacometi, Frank Auerbach and Leon Kossoff kept scouring their faces daily, the very same face claiming a full and unconditioned hand skill. As if to verify that the face somehow remained, as if to inquire whether a possible face could indeed be possible; nullifying thereby Adorno’s claim that after the Holocaust poetry had become unavailable; and refusing Greenberg’s prophetic claim that no modern artista would find portrait painting possible. Similarly to those painters, I have devoted myself here to make that which both Adorno and Greenberg declared “out of bounds”: the face, that monochromatic elsewhere. And to make it always, regardless of using either ink, pencil or charcoal, as an encomium of Drawing.