Autor(es):
Cardoso, Daniela Filipa Coutinho
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/8186
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): Psicologia do adolescente; Práticas parentais; Solidão juvenil; Teses de mestrado - 2012
Descrição
Tese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde - Núcleo de Psicologia Clínica Dinâmica), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2012 A adolescência é um período do desenvolvimento complexo em que o adolescente sente desejo de autonomia que lhe permita explorar o mundo fora do controlo parental. O desejo de estar só, mas também o receio dessa solidão vivida de forma angustiante (na relação consigo e com os outros) está muitas vezes presente neste período. Na presente investigação procedeu-se à análise da relação entre a experiência de solidão vivida na relação com os pais e pares e o significado que o adolescente atribui à experiência de estar só (aversão e afinidade à solitude) associada à perceção das práticas educativas parentais nas suas dimensões de suporte emocional, sobreproteção e rejeição. A investigação contou com 130 adolescentes com idades compreendidas entre os 14 e 17 anos. Foram utilizados dois questionários, o Louvain Loneliness and Aloneness Scale for Children and Adolescents (LACA) adaptado por Bastos, Figueira e Costa (2002) para a população portuguesa e o Parental Rearing Style Questionnaire for use with adolescentes (EMBU-A) adaptado por Almeida (2005) para a população portuguesa. Foi ainda aplicado um questionário referente aos dados sociodemográficos. A análise quantitativa dos dados foi realizada com recurso ao programa estatístico IBM SPSS versão 1.9, tendo-se evidenciado que mediante práticas parentais de suporte emocional será menor a experiência de solidão na relação com os pais. Como seria de esperar, esta mesma experiência de solidão aumenta se as práticas parentais forem percebidas como rejeitantes. Esta investigação acrescenta ainda que as experiências de solidão nas relações com os pares estão associadas a menores perceções de práticas paternas de sobreproteção. Adolescence is a period of complex development during which teenagers feel the need for autonomy that will allow them to explore the world outside of parental control. The desire to be alone, but also the fear of that loneliness lived in an anguished way (in the relationship with themselves as well as with others) is often present in this period. In this investigation is analysed the connection between the experience of loneliness lived in the relationship with the parents and peers and the meaning that the teenager gives to the experience of being alone (aversion and affinity to solitude) associated to the perception of the parental educational practices in their dimensions of emotional support, overprotection and rejection. The investigation gathered 130 teenagers between the ages of 14 and 17. Two questionnaires have been used, the Louvain Loneliness and Aloneness Scale for Children and Adolescents (LACA), adapted by Bastos, Figueira and Costa (2002) and the Parental Rearing Style Questionnaire for use with adolescents (EMBU-A) adapted by Almeida (2005) for the Portuguese population. It was also used a questionnaire regarding the socio-demographic data. The quantitative analysis of the data was made through the use of the statistical program IBM SPSS 1.9 version, having been shown that through parental practices of emotional support there is a decrease in the experience of loneliness in the relationship with the parents. As expected, this same experience of loneliness increases if the parental practices are perceived as rejecting. This research also adds that the experience of loneliness in relationships with peers is associated with less perception of parental practices of overprotection.