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Effect of mushroom polysaccharides and olive phenolic compounds on human carcin...

Autor(es): Martinho, Diana Jorge Machado de Figueiredo da Fonseca cv logo 1

Data: 2012

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/7703

Origem: Repositório da Universidade de Lisboa

Assunto(s): Cancro; Polissacáridos; Cogumelos; Compostos fenólicos; Plantas medicinais; Oliveiras; Teses de mestrado - 2012


Descrição
Tese de mestrado. Biologia (Biologia Humana e Ambiente). Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2012 Hoje em dia, devido ao prolongamento da esperança média de vida, bem como o aumento das agressões sofridas pelo meio ambiente envolvente, o cancro é uma das doenças mais proeminentes no seculo XXI. Neoplasmas, conjuntos anormais de células cromossomicamente mutadas, levam ao crescimento relativamente autónomo de tecido danificado. As causas destas mutações variam entre internas - condições imunitárias, hormonais, heritabilidade - ou externas - como tabagismo, exposição a radiação ou agentes químicos infecciosos (Zaidman et al., 2005). As células neoplásicas caracterizam-se pela perda das suas funções especializadas e ganham por sua vez características biológicas tais como a produção de sinais de crescimento, inibição da apoptose, elevado potencial replicativo e a capacidade de invadir tecidos circundantes (Zaidman et al., 2005; Zong et al.,, 2012). A esta metastização dos tecidos está associada 90% da responsabilidade da morte por cancro (Zong et al.,, 2012). Apesar da eficiência dos fármacos gerados até hoje no combate ao cancro, o seu efeito tóxico causa na maioria dos casos um decréscimo acentuado na qualidade de vida dos doentes. Assim, torna-se importante descobrir novos agentes anti cancerigenos com efeitos tóxicos mais baixos (Cao et al., 2010) que possam ser utilizados em terapias complementares. Virámo-nos então de novo para as tradições mais antigas da medicina Chinesa e Mediterrânea. Polissacáridos são biopolímeros constituídos por várias unidades de monossacáridos ligados através de ligações glicosidícas, que podem apresentar diferentes conformações, não só nas suas unidades constituintes, mas também na conformação das suas ligações, atribuindo-lhes assim diversas funções biológicas. Estes estão presentes desde o armazenamento de energia (amido), formação de componentes estruturais (celulose), participantes na comunicação célula a célula, possuindo ainda papéis importantes no sistema imunitário, na fertilização, desenvolvimento, agregação plaquetária e prevenção de patogéneses (Zong et al., 2012). Desde a medicina ancestral chinesa que os cogumelos têm sido reportados como tendo propriedades imunomoduladoras - actuando como modificadores da resposta biológica - e possuindo propriedades antivirais, antimicrobiais, circulatórias e nas ultimas décadas anti cancerigenas. (Wasser, 2010). A descoberta do Lentinian, um polissacárido com propriedades anti cancerígenas, despoletou nos anos 60 a pesquisa que tem sido dedicada ate hoje ao campo dos polissacáridos (Cao et al., 2010). Ao longo do tempo, diversos polissacáridos produzidos por cogumelos, têm demonstrado largos efeitos inibidores em vários tipos de tumores como Sarcoma 180, carcinoma de Lewis e Yoshida Sarcoma (Zhang et al., 2007). Existem três mecanismos propostos de actuação destes polissacáridos: (1) actividade preventiva, (2) aumento da resposta imunitária do hospedeiro e (3) inibição directa quando em contacto com células cancerígenas (Zhang et al., 2007). Na sua maioria os cogumelos que possuem polissacáridos biologicamente activos pertencem ao grupo dos basidiomicetes contendo cerca de 700 espécies descritas (Wasser, 2002). O seu poder antioxidante também desempenha um papel fundamental contra o desenvolvimento cancerígeno. Anti oxidantes naturais encontrados em fruta, vegetais, cogumelos e outros recursos alimentares têm sido investigados para prevenção de doenças coronárias e outras como o cancro (Kozarski et al.,2012). Assim, na procura de compostos não tóxicos que possuíssem propriedades anticancerígenas investigou-se também um pouco dos efeitos que as folhas de oliveira possam ter no combate ao cancro. A oliveira (Olea europaea) é uma árvore da família das Oleaceae, (Zaid et al., 2012) com folhas alongadas, que se encontra ao longo de toda região Mediterrânea desde há mais de 7000 anos (Lalas et al., 2011). Ao longo da história as folhas de Olea europaea têm sido exploradas para a prevenção de hipertensão, carcinogénese, diabetes, arteroesclerose bem como outras doenças do foro mais comum (Bouallagui et al., 2011; Zaid et al., 2012). A folha de oliveira foi ainda utilizada ao longo da história como um meio de combate á malária (Lee et al., 2009) A incidência de cancro ao longo do mediterrâneo tem sido das mais baixas quando comparada com outras partes do mundo, principalmente quando nos referimos ao cancro da mama, do endométrio, próstata e leucemia. (Bouallagui et al., 2011; Zaid et al., 2012) Assim reunimos neste trabalho, o estudo dos efeitos de algumas espécies conhecidas (e outras menos conhecidas) de cogumelos, com o estudo dos efeitos de algumas variedades de oliveiras nacionais, na inibição do crescimento de células tumorais. Para isso, foram efectuados vários doseamentos de polissacáridos, proteínas, açucares e compostos fenólicos e foram aplicadas diversas amostras das espécies amostradas a quatro linhas de carcinoma humano: HeLa, carcinoma cervical, A549 carcinoma pulmonar; A431 carcinoma epidermóide e OE21 carcinoma esófagofaringeal. De entre os variados resultados obtidos, pudemos concluir que a aplicação de extra polissacáridos da estirpe Ganoderma carnosum revelou um alto teor inibitório, e que os intra polissacáridos de todas as estirpes amostradas mostraram uma capacidade antioxidativa acima de 50%. As folhas de oliveira por sua vez, foram também capazes de mostrar um potencial anti proliferativo das células tumorais bastante satisfatório. Acreditamos que nestes compostos podem estar presentes as condições para a sua aplicação como terapia complementar às terapias anticancerígenas existentes. Cancer is widely known nowadays as the disease of the century. Not only by the number of infected people worldwide but also by the amount of research dedicated to this field and its increasing success rate. Neoplasms, which are abnormal masses or colonies of cells produced by a relatively autonomous new growth of tissue, arise normally by the clonal expansion of a single cell that has undergone mutation in the chromosomal DNA, caused by a chemical, physical or biological agent (Zaidman et al., 2005). One of the most characterizing features of cancers, besides it’s ability to resist treatment, it’s his ability to metastasize and invade surrounding tissues, causing 90% of cancer deaths ( Zong et al., 2012). Although the efficiency of chemotherapy for the majority of cancers has improved over the last three decades, the drugs used in this treatment, contain high toxic effects that cause severe reduction in quality of life. Therefore, it is important to develop novel potent, but low toxic anti-cancer reagents, including natural products (Cao et al., 2010). The desire to find this new chemical drug as lead us to look back in time and to report to times of ancient Chinese and Mediterranean medicine, in order to encounter natural products that can in the future be developed as efficient co-chemotherapeutical agents. During this work we will test mushroom polysaccharides as well as olive leaves phenolic compounds, in human carcinoma cell lines, in order to discover more about their anti-tumor effects. Amongst our findings, extrapolysaccharides from Ganoderma lucidum were the most promising and all intrapolysaccharides were found to have a 50% rate of antioxidative power. Olive leaves were also very promising in the inibithion of human carcinoma cells in vitro.
Tipo de Documento Dissertação de Mestrado
Idioma Inglês
Orientador(es) Karmali, Amin; Dias, Deodália Maria Antunes, 1952-
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