Autor(es):
Cabaço, Maria Helena Cacho Teodoro, 1956-
Data: 2011
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/6149
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): Avaliação da educação - Portugal; Auto-regulação; Auto-avaliação; Teses de mestrado - 2011
Descrição
Tese de mestrado, Ciências da Educação (Avaliação em Educação), Universidade de Lisboa, Instituto de Educação, 2011 A autonomia das escolas, por via da descentralização do poder decisório da administração educativa para o interior das próprias escolas, atribui a estas a responsabilidade pela melhoria contínua do seu serviço educativo.
A melhoria pressupõe a realização da auto-avaliação de escolas - de forma sistemática, criando ou adoptando referenciais para identificação de níveis de realização de objectivos de desempenho, dos seus pontos fracos e fortes, constrangimentos e oportunidades de melhoria, recorrendo, para o efeito, a modelos mais ou menos estruturados, criados ou adaptados pela escola ao seu contexto - e a consequente elaboração de um plano de acção com vista à melhoria.
O objectivo central da investigação consistiu em obter dados empíricos, em conformidade com a problemática e subjacente a um contexto de avaliação, que permitissem compreender “a auto-avaliação de escolas”, circunscrita à acção dos seus actores: como a conceberam, implementaram e dela se apropriaram como componente intrínseca e necessária à melhoria, promotora do desenvolvimento profissional e institucional.
O estudo de investigação incidiu sobre o modo como decorreu o processo de auto-avaliação numa escola de 3º Ciclo e de Ensino Secundário, descrevendo a sua evolução, ao longo dos anos lectivos de 2008-2009 a 2010-2011, como resultado de uma aprendizagem organizacional sem a qual não teria sido possível a sua operacionalização.
A investigação baseou-se numa metodologia qualitativa, de tipo estudo de caso, inscrita no paradigma interpretativo. Optou-se por um tipo de pesquisa mais exploratória, seguindo um procedimento do tipo indutivo, dando relevo ao contexto da descoberta.
Concluímos que a auto-avaliação de escola, como dispositivo de “prestação de contas” é algo que vem de fora e se impões como um corpo estranho à escola. Enquanto processo interno, a auto-avaliação torna-se aceite e desejada quando compreendida e participada. A mudança ocorre quando a capacidade de desenvolvimento profissional e organizacional se realiza colectivamente. The school autonomy through decentralization of decision making in the educational administration to the interior of schools, assigns to the schools themselves the responsibility for continuous improvement of its educational service.
The improvement involves the realization of self-assessment of schools - in a systematic way, creating or adopting benchmarks to identify levels of achievement of performance targets, their strengths and weaknesses, constraints and opportunities for improvement, using for this purpose, the models more or less structured, created or adapted by the school to its context - and the consequent development of an action plan with the aim to improve.
The aim of the research was to obtain empirical data, in accordance with the underlying problem and an evaluation context, allowing to understand "the self-assessment of schools," limited to the actions of their players: how it was designed, implemented and appropriated as intrinsic and necessary component to achieve improvement, promoting the professional and institutional development.
The research study focused on the self-assessment process in a school of the 3rd cycle and secondary education, describing its evolution over the academic years 2008-2009 to 2010-2011, as a result of an organizational learning without which its operationalization would not have been possible.
The research was based on a qualitative methodology, the case study, enrolled in the interpretive paradigm. The option relayed on a more exploratory type of research, following a procedure of inductive type, emphasizing the context of discovery.
The conclusion is that self-assessment of the school as a device of "accountability" is something that comes from outside and stands as a foreign body to the school. As an internal process, self-assessment becomes accepted and welcome, when understood and shared. The change occurs when the capacity of professional and organizational development is carried out collectively.