Autor(es):
Oliveira, Leonor Baptista de
Data: 2011
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/5089
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): Distúrbios alimentares; Perfecionismo; Depressão (psicologia); Adolescência - Portugal; Teses de mestrado - 2011
Descrição
Tese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde - Núcleo de Psicologia Clínica Sistémica), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2011 Os objetivos do estudo recaem sobre a investigação, em adolescentes em meio
escolar, do contributo do perfecionismo e das suas dimensões autorientada e
socialmente prescrita, bem como da sintomatologia depressiva e/ou ansiosa, para a
sintomatologia de perturbação alimentar. Participaram no estudo 531 adolescentes, de
idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos de ambos os sexos. Os participantes
responderam a um Questionário de Dados Pessoais e Sociodemográficos, à subescala
de perfecionismo do Eating Disorder Inventory 2 (Garner, Olmstead & Polivy, 1983),
ao Eating Attitudes Test 26 (Garner, Olmstead, Bohr & Garfinkel, 1982) e ao
Cuestionario Educativo-Clínico: Ansiedad y Depresión (González, Cueto & Fernández,
2007). A subescala do EDI2 foi, neste estudo, repartida em perfecionismo autoorientado
e perfecionismo socialmente prescrito. Os participantes do sexo masculino
apresentaram menor número de casos de dieta e níveis mais baixos de sintomatologia
depressiva-ansiosa, depressão, ansiedade e de sintomatologia de perturbação alimentar
em comparação com as raparigas, não tendo sido observadas diferenças entre sexos no
que se refere ao perfecionismo global, perfecionismo socialmente prescrito e
perfecionismo auto-orientado. As correlações encontradas entre as variáveis em estudo
foram mais elevadas e significativas no grupo das raparigas. Também entre estas foi
possível explicar consideravelmente a sintomatologia de perturbação alimentar através
da análise de regressões múltiplas hierárquicas, que revelou que a idade, a dieta, o
perfecionismo auto-orientado e a depressão contribuíam para explicar 42% da variância
da sintomatologia de perturbação alimentar. Tal não foi observado em rapazes pois
relativamente a estes só foi possível explicar 10% da variância de sintomatologia de
perturbação alimentar para a qual apenas contribuíam perfecionismo global e
sintomatologia depressiva-ansiosa. O significado dos resultados é discutido em termos
das implicações para o conhecimento acerca dos fatores de risco para o
desenvolvimento de perturbações alimentares em ambos os sexos. The aim of the current study is to present the result of a research among school
adolescents in order to assess the contribution of perfectionism and its self-oriented and
socially prescribed dimensions, as well as depressive and/or anxious symptoms, to
eating disorders symptomatology. A total of 531 teenagers participated in the study,
aged between 12 and 18 years, from both sexes. Participants responded to a Personal
and Demographic Questionnaire, to perfectionism subscale of the Eating Disorder
Inventory – 2nd version (Garner, Olmstead & Polivy, 1984), the Eating Attitudes Test 26
(Garner, Olmstead, Bohr & Garfinkel, 1982) and the Cuestionario Clinical discovery-
Ansiedad: Depresión y (Gonzalez, Cueto & Fernández, 2007). In this study, the
subscale of EDI2 was divided in self-oriented perfectionism and socially prescribed
perfectionism. When compared to female students, male students reported fewer cases
of diet and lower levels of depressive symptoms, anxiety-depression, anxiety and
symptoms of eating disorder; moreover, sex differences with regard to the global
perfectionism, the self-oriented perfectionism and the socially prescribed perfectionism
were observed. Correlations between the mentioned variables were highest and most
significant in the girls’ group. Furthermore, in the girls’ group it was possible to explain
eating disorder symptoms, to a considerable extent, by means of hierarchical multiple
regression analysis. This analysis revealed that age, diet, self-oriented perfectionism and
depression contributed to explain 42% of the variance of eating disorder symptoms.
This was not observed in boys; in fact, only 10% of the variance of symptoms of eating
disorders could be explained as consequence of the contribution of global perfectionism
and depressive-anxious symptoms. The significance of the findings is discussed in
terms of the implications for knowledge about risk factors for the development of eating
disorders in both sexes.