Author(s):
Palhoco, Ana Rita de Mendonça Santos
Date: 2011
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/4997
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Empatia; Psicoterapeutas; Estudantes do ensino superior; Emoções; Teses de mestrado - 2011
Description
Tese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde - Núcleo de Psicoterapia Cognitiva-Comportamental e Integrativa), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2011 As competências interpessoais imprescindíveis à eficácia do processo terapêutico
encontram-se relativamente estudadas ao nível dos psicoterapeutas, sendo, contudo, que a
literatura carece de informação relativamente aos estudantes em formação. Inserida nesta
problemática, a presente investigação tem como objectivo estudar a população da Faculdade
de Psicologia da Universidade de Lisboa, relativamente à empatia e à capacidade de
percepção de emoções primárias nos outros. Para medir os construtos em estudo recorreu-se à
primeira versão experimental portuguesa do Test de Empatía Cognitiva y Afectiva (TECA),
traduzida e adaptada no presente estudo, a partir da versão original espanhola, e ao Teste de
Percepção de Emoções Primárias (PEP), construído na Universidade de São Francisco
(Brasil).
Tendo por base a literatura postula-se que a empatia emocional e a percepção de
emoções estão positivamente correlacionadas, e que os psicoterapeutas irão manifestar uma
maior capacidade do que os estudantes, no estabelecimento da empatia e no reconhecimento
de emoções através das expressões faciais dos outros. Neste sentido, espera-se que estas
capacidades sejam também distintas já nos diferentes anos de formação académica ao nível da
Psicologia Clínica e procura-se averiguar se as competências são desenvolvidas na formação
académica ou apenas através da experiência prática.
Após a avaliação das variáveis supramencionadas, numa amostra de 113 participantes,
Estudantes e psicoterapeutas, concluiu-se que os resultados infirmam a maioria das hipóteses,
posto que não foram encontradas diferenças relativamente à empatia e à percepção de
emoções, entre os diferentes grupos em estudo. No entanto, verificou-se que a empatia
cognitiva é superior nos sujeitos que possuem maior formação e experiência, e que a empatia
emocional está positivamente (porém não significativamente) correlacionada com a percepção
de emoções. São então avançadas possíveis leituras e implicações dos resultados obtidos,
fazendo referência às limitações encontradas e a sugestões para estudos subsequentes nesta
área. Interpersonal skills, an essential element for the therapeutic outcome, are often studied
with psychotherapists’ samples but there is still a lack of empirical evidence about
undergraduate students. According to this, the aim of the present research project is to study
the empathic accuracy and the perception of primary emotions in others within the Faculty of
Psychology population, at the University of Lisbon. To assess these variables two tests were
used: the first Portuguese experimental version of the Test de Empatía Cognitiva y Afectiva
(TECA), translated and adapted in this study from the original Spanish version and the Teste
de Percepção de Emoções Primárias (PEP), developed at the University of San Francisco
(Brazil).
Based upon previous studies, it was expected that emotional empathy is positively
correlated with the perception of emotions and that psychotherapists display a better
performance than Psychology students in establishing empathy and in recognizing emotions
by the facial expressions of other people. Furthermore, these skills were expected to be
different over the years of Psychology training and in Clinical Psychology, and this suggests
the interest to ascertain if these abilities may be developed through academic teaching or only
by practice.
After assessing the aforementioned variables in a sample of 113 participants including
students and psychotherapists the results invalidated the majority of the hypotheses raised,
because no significant differences were found in the empathic accuracy and in the perception
of emotions, among the different groups studied. However, it was found that cognitive
empathy is higher in individuals with better knowledge and experience and that emotional
empathy is positively (but not significantly) correlated with the perception of emotions.
Therefore some possible explanations and implications for these results are explored and
some limitations of the study are identified, giving suggestions to further investigation in this
area.