Author(s):
Inácio, Maria Joana de Santos
Date: 2009
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/3434
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Aprender a aprender; Metacognição; Educação de adultos; Formação de adultos; Processo RVCC; Aprendizagem ao longo da vida; Teses de mestrado - 2009
Description
Tese de mestrado, Educação (Formação e Aprendizagem ao Longo da Vida), Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2009 Aprender a aprender constitui-se numa competência-chave definida pelo quadro de referência europeu sobre as competências essenciais para a aprendizagem ao longo da vida. No contexto do quadro actual de medidas políticas educativas, a Iniciativa Novas Oportunidades surge como uma estratégia governamental que visa a implementação das directrizes do Conselho Europeu de Lisboa de 2000, constituindo-se como medida que aponta para objectivos que enalteçam os pressupostos sobre o desenvolvimento de uma cidadania activa e o apoio à empregabilidade. O processo de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) apresenta-se como dispositivo formal de educação e formação de adultos que compreende a certificação escolar e/ou profissional de adultos pouco escolarizados, que se baseia nas aprendizagens experiências e no incentivo à (re) elaboração de um projecto de vida. Neste contexto a presente investigação – estudo de caso intrínseco e duplo – descreve e analisa as percepções sobre a competência de aprender a aprender com objectivo de compreender como é percebida e identificada pelos intervenientes directo se indirectos ao processo de RVCC. Constituem-se participantes do estudo dois centros de novas oportunidades (CNO). Neste sentido, a recolha de dados inclui uma perspectiva sistémica e holística, tendo sido solicitado a participação de coordenadores, profissionais de RVC, formadores e candidatos adultos em processo de reconhecimento de ambos os CNO, por meio de entrevistas semi-estruturadas, questionários e tarefas de inspiração projectiva. A análise dos resultados aponta para uma convergência de perspectivas no que concerne as práticas e os pressupostos metodológicos do processo de RVCC, verificando-se também que a definição da competência de aprender a aprender se mostra tarefa complexa e ambígua. Contudo, é identificável a presença das três dimensões estruturantes dessa competência – dimensões afectiva, cognitiva e metacognitiva – sendo que esta última não é explicitamente desenvolvida e avaliada no processo de RVCC, ainda que subentenda e se perspective como fundamental no exercício do reconhecimento de competências. Recomenda-se a mudança de práticas e de posturas no seio das equipas dos CNO, em particular, e na sociedade civil, em geral, para que o desenvolvimento do pensamento metacognitivo sustente uma educação reflexiva sobre os processos de aprendizagem ao longo da vida e se torne numa estratégia pedagógica global viabilizando a autonomia do pensar e do agir subjacentes à competência de aprender a aprender. Learning to learn is in a key competence defined by the European frame of reference on key competences for lifelong learning. Within the current framework of policies and educational measures, the New Opportunities Initiative is a government strategy aimed at implementing the guidelines of the Lisbon European Council in 2000,in order to promote the assumptions on the development active citizenship and employability support. The process of recognition, validation and certification of competences (RVCC) is presented as a formal education and training process that includes school and professional certification of poorly educated adults, based on experiential learning and encouragement to of ( re) develop a project of life. In this context the present investigation - an intrinsic and double case study -describes and analyzes the perceptions about the competence of learning to learn in order to understand how it is perceived and identified by the RVCC actors directly and indirectly. Two centres new opportunities (CNO) participated in the study. Data collection includes a holistic and systemic perspective, requesting participation of coordinators, RVC professionals, trainers and candidates in the process of recognition of both CNO through semi-structured interviews, questionnaires and inspiration projective tasks. The results points to a convergence of views in what regards practices and methodological assumptions of the RVCC and shows that the definition of responsibility of learning to learn seems complex and ambiguous. However, the presence of three-dimensional structure of power - emotional dimensions, cognitive and metacognitive – is identified the latter is not explicitly developed and evaluated in the RVCC process, even if it is understood as essential to skill recognition. Changes in practices and attitudes within the teams of the CNO, in particular, and civil society is recommended so that the development of metacognitive thinking education sustains reflective learning processes throughout life and becomes a global educational strategy allowing the autonomy of thinking and acting behind the power of learning to learn.