Autor(es):
Fonseca, Vanessa Filipa Simão, 1981-
Data: 2010
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/2213
Origem: Repositório da Universidade de Lisboa
Assunto(s): Estuários; Peixes; Biomarcadores; Contaminação; Teses de doutoramento - 2010
Descrição
Estuaries are highly productive systems with high natural variability and affected by various
anthropogenic pressures. Considering this complexity, several physiological and biochemical
responses of fish were evaluated as indicators of habitat quality in estuaries. Condition indices,
growth estimates and biomarkers of exposure and of effects to contaminants in fish were used
due to their ability to integrate habitat quality, life-history, inter-specific, temporal and spatial
patterns. Global growth and condition patterns of several fish species (larvae and juveniles)
were related with latitudinal distribution, habitat and life-history strategies. Morphometric indices
(K and HSI) and lipid content were good indicators of fish nutritional condition. Juveniles growth
rates in different species were used to assess habitat quality, using an RNA:DNA based model
and an ecophysiological framework that considered the interactions of metabolism,
bioenergetics and environmental variability. The relation between environmental variability and
variation patterns of condition indices and biomarkers of exposure to contaminants was
assessed on a temporal scale of days to weeks. Despite the relationship observed between
temperature and biochemical condition indices, natural variability had no effects on biomarkers
at this scale. On an experimental approach, the effects of copper exposure induced responses
of biomarker of exposure and of effects, including condition indices. A multi-specific and multimetric
approach revealed spatial differences related with strong species patterns and degree of
environmental contamination. Despite the sensitivity of the biomarkers of exposure to and of
effects of contaminants, habitat quality assessment should take natural variability into
consideration due to its possible relation with some markers at different scales, and to its strong
influence on growth and condition patterns of fish in estuarine environments. Os estuários são sistemas altamente produtivos, com elevada variabilidade natural, afectados
por pressões antropogénicas. Perante esta complexidade, várias respostas fisiológicas e
bioquímicas de peixes foram avaliadas como indicadores da qualidade do habitat estuarino.
Índices de condição, medidas de crescimento e biomarcadores de exposição e de efeitos de
contaminantes foram utilizadas como integradores da qualidade ambiental, tendo sido
avaliados padrões de história de vida, inter-específicos, temporais e espaciais. Padrões globais
de crescimento e condição de várias espécies de peixes (larvas e juvenis) foram relacionados
com a distribuição latitudinal, habitat e estratégias de vida. Índices morfométricos (K e HSI) e
conteúdo lipídico foram bons indicadores da condição nutricional de peixes. Taxas de
crescimento de juvenis de diferentes espécies foram utilizadas na caracterização da qualidade
do habitat, modeladas com recurso à razão ARN:ADN, e ainda com base num modelo
ecofisiológico que relaciona o metabolismo, bioenergética e variabilidade ambiental. A relação
da variabilidade ambiental com os padrões de variação de índices de condição e
biomarcadores de exposição a contaminantes foi avaliada numa escala temporal de dias e
semanas. Apesar da relação observada entre temperatura e índices bioquímicos de condição,
não foram observados efeitos da variabilidade natural nos biomarcadores a esta escala. Numa
abordagem experimental, os efeitos da exposição ao cobre induziram respostas ao nível de
biomarcadores de exposição e de efeitos, nos quais se incluiram índices de condição. Uma
abordagem multi-específica e multi-métrica revelou diferenças espaciais relacionadas com
fortes padrões específicos e com os níveis de contaminação ambiental. Apesar da sensiblidade
revelada pelos biomarcadores de exposição e de efeitos da contaminação, a variabilidade
natural deve ser necessariamente considerada na avaliação da qualidade ambiental pela sua
possível relação com alguns marcadores a diferentes escalas e pela sua marcada influência
nos padrões de crescimento e condição de peixes em meio estuarino.