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A eficácia dos métodos de diagnose sexual em antropologia forense

Autor(es): Azevedo, Joana Maria Coelho Amado de, 1979- cv logo 1

Data: 2008

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/1049

Origem: Repositório da Universidade de Lisboa

Assunto(s): Medicina legal; Antropologia forense; Esqueleto; Análise estatística; Amostragem; Teses de mestrado - 2008


Descrição
Tese de mestrado em Medicina Legal e Ciências Forenses, apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, 2008 A avaliação da diagnose sexual de esqueletos humanos adultos é efectuada com base em diferenças anatómicas como o tamanho e a forma dos ossos. As partes do esqueleto mais fiáveis são os ossos da bacia que, pela função reprodutora, apresentam um maior dimorfismo sexual, seguindo-se os do crânio. Nas perícias de Antropologia Forense, a avaliação faz-se, principalmente, pela observação morfológica, de características anatómicas. Para comprovar a eficácia dessa avaliação testou-se um conjunto de 16 caracteres, 7 da bacia e 9 do crânio, numa amostra de 300 esqueletos, com idades à morte entre os 25 e os 75 anos, pertencentes à Colecção de Esqueletos Identificados do Museu Antropológico da Universidade de Coimbra. Foram realizadas duas observações à amostra, separadas no tempo e pela mesma pessoa, em ensaio de ocultação. Utilizando os dezasseis caracteres conjuntamente alcançaram-se valores de eficácia de diagnose sexual superiores a 93% (93% na primeira observação e 95,3% na segunda). Os caracteres anatómicos cranianos mais eficazes, neste estudo, foram a Robustez da mandíbula (89,8%) e a Arcada supraciliar (88,7%). Por outro lado, os caracteres mais falíveis foram a Crista occipital externa (58,8%) e a Protuberância occipital externa (77,8%). Em relação aos ossos da bacia, os caracteres mais exactos foram a Robustez da bacia (95,7%) e o Ângulo sub-púbico (94,2%); os menos eficazes foram o Arco ventral (73,7%) seguido da Grande chanfradura ciática (78,8%). Entre as duas observações realizadas, a Crista occipital externa foi a característica que maior número de discrepâncias de diagnóstico revelou (20,7%). Pelo contrário, o Sulco pré-auricular e a Grande chanfradura ciática foram os caracteres anatómicos que menos erros permitiram. Ao avaliar a performance da diagnose sexual nos vários grupos etários analisados, não se detectaram diferenças estatisticamente significativas. Estes resultados podem traduzir que, nos casos em que os esqueletos estão completos, poderá ser suficiente utilizar apenas a bacia. Por outro lado, se a bacia estiver ausente, continua a ser seguro proceder ao diagnóstico sexual apenas com base no crânio. A avaliação da diagnose sexual de esqueletos humanos adultos é efectuada com base em diferenças anatómicas como o tamanho e a forma dos ossos. As partes do esqueleto mais fiáveis são os ossos da bacia que, pela função reprodutora, apresentam um maior dimorfismo sexual, seguindo-se os do crânio. Nas perícias de Antropologia Forense, a avaliação faz-se, principalmente, pela observação morfológica, de características anatómicas. Para comprovar a eficácia dessa avaliação testou-se um conjunto de 16 caracteres, 7 da bacia e 9 do crânio, numa amostra de 300 esqueletos, com idades à morte entre os 25 e os 75 anos, pertencentes à Colecção de Esqueletos Identificados do Museu Antropológico da Universidade de Coimbra. Foram realizadas duas observações à amostra, separadas no tempo e pela mesma pessoa, em ensaio de ocultação. Utilizando os dezasseis caracteres conjuntamente alcançaram-se valores de eficácia de diagnose sexual superiores a 93% (93% na primeira observação e 95,3% na segunda). Os caracteres anatómicos cranianos mais eficazes, neste estudo, foram a Robustez da mandíbula (89,8%) e a Arcada supraciliar (88,7%). Por outro lado, os caracteres mais falíveis foram a Crista occipital externa (58,8%) e a Protuberância occipital externa (77,8%). Em relação aos ossos da bacia, os caracteres mais exactos foram a Robustez da bacia (95,7%) e o Ângulo sub-púbico (94,2%); os menos eficazes foram o Arco ventral (73,7%) seguido da Grande chanfradura ciática (78,8%). Entre as duas observações realizadas, a Crista occipital externa foi a característica que maior número de discrepâncias de diagnóstico revelou (20,7%). Pelo contrário, o Sulco pré-auricular e a Grande chanfradura ciática foram os caracteres anatómicos que menos erros permitiram. Ao avaliar a performance da diagnose sexual nos vários grupos etários analisados, não se detectaram diferenças estatisticamente significativas. Estes resultados podem traduzir que, nos casos em que os esqueletos estão completos, poderá ser suficiente utilizar apenas a bacia. Por outro lado, se a bacia estiver ausente, continua a ser seguro proceder ao diagnóstico sexual apenas com base no crânio.
Tipo de Documento Dissertação de Mestrado
Orientador(es) Cunha, Eugénia M. A. da; Geada, Helena, 1950-
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