Author(s):
Oliveira, Juliana Martins Elesbão de
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.14/9278
Origin: Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica Portuguesa
Description
O objectivo da presente dissertação é analisar as implicações existentes na
forma de pagamento do Estado às subconcessionárias, compreender as consequências
da introdução de portagens nas auto-estradas SCUT a 15 de Outubro de 2010, bem
como examinar a viabilidade dos indicadores utilizados na avaliação do serviço
prestado pelas subconcessionárias.
A investigação efectuada revela a crescente importância das PPP, que se
afirmam como a forma através da qual o Estado tem providenciado bens aos cidadãos,
que, de outra maneira, não seria possível serem disponibilizados, como é o caso da
construção de auto-estradas SCUT. Para além disso, verificou-se a necessidade de
introdução de portagens nas SCUT, facto que acarretou uma mudança significativa no
modelo de pagamento das mesmas, indicando que os pagamentos, que se baseavam na
quantidade do tráfego, passaram a ter em consideração a disponibilidade da via. Deste
modo, ao longo da presente dissertação, são discutidas as implicações da referida
mudança na forma de pagamento, bem como analisados os indicadores utilizados e
propostos novos para a avaliação da disponibilidade da via por parte do Estado.
Examinando a importância dada pelos utentes a certos indicadores versus a
satisfação dos mesmos face a esses indicadores, conclui-se que aqueles avaliados pelo
Estado, referentes ao pagamento da disponibilidade da via, podem não ser os mais
correctos. Verifica-se, ainda, que existem indicadores que não são avaliados pelo
Estado, mas que são de uma importância significativa para os utentes, tais como a
modalidade de pagamento e o congestionamento da via.
Uma vez que se verifica um fosso entre aquilo que os utentes valorizam e
aquilo que o Estado avalia nos contratos de concessão das SCUT, de modo a
deduzir/incrementar pagamentos às subconcessionárias, é recomendado que este
proceda a uma avaliação rigorosa de quais os indicadores mais relevantes para a
avaliação do serviço prestado pelas subconcessionárias e quais aqueles que podem
trazer receitas adicionais para o Estado.