Author(s):
Morais, Nuno José De Almeida
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/11144/399
Origin: Camões - Repositório Institucional da Universidade Autónoma de Lisboa
Subject(s): Luto; Perdas; Psicologia no Hospital
Description
O presente trabalho tem como objetivo descrever experiências vivenciadas
aquando da realização do nosso estágio em Psicologia Clínica e Aconselhamento,
incluindo alguns estudos mais aprofundados sobre situações de perda/luto. Gostaríamos
de salientar que partimos sempre da história pessoal da pessoa, tomando em
consideração as emoções específicas desencadeadas pela idiossincrasia de cada um.
Este relatório divide-se em três partes, a primeira serviu para contextualizar o
estágio. Na segunda, o enquadramento teórico e revisão da literatura. Em terceira lugar
expusemos a parte prática onde, para além das atividades levadas a cabo, estão
explanados dois casos com a descrição dos objetivos implícitos e as reflexões pessoais
relativas aos mesmos.
Procurámos assim integrar o papel e as funções a que nos tínhamos proposto. Ou
seja, para além da obtenção de conhecimentos relacionados com a organização e o
funcionamento do Serviço onde se desenrolou o nosso estágio, também nos
preocupámos em, sempre que possível, intervir nas várias relações do paciente com o
meio hospitalar. As questões da relação do paciente com o seu próprio processo de estar
doente foram igualmente objeto da nossa atenção.
Como descrito no seguimento do nosso relatório e enquanto estagiários no
serviço de neurocirurgia do Hospital de São José, procurámos, sempre que possível,
apoiar pacientes e familiares dos mesmos que estivessem em relação com o serviço em
que estagiámos. Esse apoio podia acontecer ao nível das urgências, onde pela própria
natureza dos traumas se tornava mais complicado intervir. Podia ser enquanto o
paciente aguardava por uma intervenção cirúrgica, devido ao medo e ansiedade sentido
pelo mesmo. E por vezes no pós-cirúrgico onde, eventualmente, os doentes tomavam consciência das perdas sofridas, precisando de ser escutados. Houve alguns casos em
que escutámos, simplesmente alguns familiares que se encontravam numa fase inicial de
processo de luto decorrente de perda ou na iminência de uma perda pessoal
significativa.
Para um melhor entendimento do impacto de algumas destas situações na vida
do paciente e/ou familiares do mesmo, procurámos intervir tomando sempre em conta a
importância acrescida da situação imediata da pessoa e da sua circunstância de vida.