Autor(es):
Santos, Ana Patrícia Neves
Data: 2013
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/11144/166
Origem: Camões - Repositório Institucional da Universidade Autónoma de Lisboa
Assunto(s): AML; Mobilidade; Espaço público; Varanda; Marginal
Descrição
A cidade de Lisboa é considerada “a” cidade das duas margens,
centrada no grande vazio que é o Estuário do Tejo. Uma observação
mais cuidada sobre o seu espaço público marginal, mostra-o
como uma unidade de equilíbrio entre margens, tendo em conta os
sistemas de lazer e cultivo, agregados aos sistemas “pesados” de
carácter aéreo, fluvial e terrestre, oferecendo uma nova dinâmica da
relação com a cidade.
A análise de projeto que será discorrida é constituída por cinco
fases distintas mas complementares, funcionando as mesmas
como um ponto de equilíbrio entre as várias vertentes funcionais
que nos dispomos a analisar, sucintamente, VARANDA; AEROPARQUE
e a sua hiperfuncionalidade; o PARQUE MARGINAL DO
TRANCÃO, como interface entre cidades marginais; a CFET, que
alicerça um projeto inovador de redefinição da mobilidade fluvial no
estuário e a CRET, ou seja, a interligação dos vários sistemas públicos
coletivos da cidade a toda a construção que está inerente no
que será demonstrado. Quer sejam elas criadas ou já existentes e
adaptadas a todo o plano de conjunto e interligação comunicacional
e funcional.
A necessidade constante e cada vez mais premente da coordenação
entre a arquitetura e o espaço público comum e a sua
funcionalidade e complementaridade, obriga a reflexão sobre o
tema da cidade, dos seus espaços públicos e comunais. Espaços
esses socialmente ativos e mutáveis, onde a população se reúne,
abriga, comunica e dialoga completando todos os laços existentes
e necessários á funcionalidade da arquitetura como base de apoio
á população e á cidade. O conceito de “varanda” surge como um
fenómeno de interligação do sistema de espaços diversificados,
mostrando uma perceptível relação entre o objecto construído,
muitas vezes para uso exclusivamente pessoal. A cidade, a frente
ribeirinha (neste caso em particular), a água e o parque urbano que
surge como um programa hiperfuncional de relação directa com o
estuário e as cidades e todo este conceito simbólico.